SÃO PAULO – O ex-presidente Jair Bolsonaro participou neste domingo (6) de um ato na Avenida Paulista, em São Paulo, ao lado de líderes religiosos de diferentes crenças. O evento defendeu a anistia dos condenados pelos atos golpistas de 8 de Janeiro.
Entre os religiosos estavam Padre Kelmon, um rabino judeu, um pastor evangélico e um pai de santo ligado a religiões de matriz africana. A presença de representantes de diversas religiões foi usada como símbolo de apoio espiritual ao ex-presidente.
Padre Kelmon reaparece em ato com Bolsonaro
Padre Kelmon apareceu em um vídeo nas redes sociais fazendo uma oração por Bolsonaro antes do início da manifestação. Ele encostou a mão na cabeça do ex-presidente, orou rapidamente, beijou sua testa e o abraçou.
Kelmon ficou conhecido durante as eleições presidenciais de 2022, quando se apresentou como membro da Igreja Ortodoxa. No entanto, sua ordenação não foi reconhecida oficialmente pela hierarquia da igreja no Brasil.
Personagem polêmico nas eleições de 2022
Durante a campanha, Kelmon se tornou um dos nomes mais comentados por sua postura nos debates. A então candidata à Presidência, Soraya Thronicke, o chamou de “padre de festa junina” e questionou sua legitimidade religiosa. “Você não tem medo de ir para o inferno?”, perguntou na ocasião.
Mesmo com a falta de reconhecimento da sua ordenação, Kelmon segue se apresentando como líder religioso. Ele continua ativo em eventos políticos, especialmente nos que envolvem Jair Bolsonaro.
Diversidade religiosa marca presença no ato
Além de Kelmon, o ato contou com a presença de líderes de diferentes religiões. Segundo os organizadores, pastores evangélicos representaram a maior parte dos religiosos presentes. Também participaram um rabino judeu e um pai de santo.
O grupo se reuniu para manifestar apoio à proposta de anistiar os envolvidos nos ataques às sedes dos Três Poderes, ocorridos em Brasília no início de 2023.
Entenda o caso: ato pró-anistia de Bolsonaro na Paulista
O que aconteceu no evento:
- O ato ocorreu no domingo (6), na Avenida Paulista, em São Paulo
- Jair Bolsonaro liderou a manifestação ao lado de religiosos
- Padre Kelmon orou por Bolsonaro e o abraçou em vídeo
- Participaram pastores, um rabino e um pai de santo
- O evento pediu anistia aos condenados pelo 8 de Janeiro
- A imagem de união religiosa foi usada como apoio simbólico
- Padre Kelmon não possui ordenação reconhecida oficialmente