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Bolsonaro retornará ao STF para julgamento sobre tentativa de golpe

Ex-presidente enfrenta sessão decisiva que pode torná-lo réu
25 de março de 2025
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Jair Bolsonaro - Rosinei Coutinho/STF
Jair Bolsonaro - Rosinei Coutinho/STF

Brasília – O ex-presidente Jair Bolsonaro retornará ao Supremo Tribunal Federal (STF) nesta quarta-feira (26) para a continuidade do julgamento que pode torná-lo réu por uma suposta tentativa de golpe de Estado. A Primeira Turma do STF retomará a análise da denúncia feita pela Procuradoria-Geral da República (PGR).

Na sessão desta terça-feira (25), os ministros avaliaram pedidos das defesas, como a transferência do caso para o plenário e a anulação da delação premiada de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro. A maioria do colegiado rejeitou os requerimentos, levando à continuidade do julgamento.

Bolsonaro quer demonstrar confiança na Justiça

Aliados do ex-presidente decidiram por sua presença no STF para demonstrar que ele não teme a Justiça. A estratégia foi definida pelos advogados Paulo Bueno, Daniel Tesser e Fábio Wajngarten. Contudo, a ideia de levar parlamentares aliados para acompanhá-lo foi frustrada pela limitação do espaço físico do tribunal.

Caso a maioria dos ministros aceite a denúncia, Bolsonaro e outros acusados serão formalmente considerados réus. Enquanto aguardava a decisão, o ex-presidente almoçou em uma churrascaria em Brasília e discutiu a defesa com sua equipe jurídica e o deputado Mário Frias (PL-SP).

Mensagem de Bolsonaro a aliados

Na manhã de terça-feira, Bolsonaro enviou mensagens em grupos privados de WhatsApp e Telegram, negando envolvimento em qualquer plano golpista. Ele alegou confiar na Justiça e reforçou que nunca tentou romper a ordem democrática.

Em sua declaração, o ex-presidente destacou que a ação tem o objetivo de impedi-lo de disputar as eleições presidenciais de 2026. Ele também mencionou seu filho, Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que se mudou para os Estados Unidos, alegando perseguição política.

Bolsonaro nega tentativa de golpe

Bolsonaro sustentou que suas ações sempre respeitaram a Constituição e que não estava no Brasil durante os atos de 8 de janeiro de 2023. Ele argumentou que as mudanças nos comandos das Forças Armadas ocorreram sem resistência e que o então presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), tomou posse sem interferências.

“Me acusam de um crime que jamais cometi – uma suposta tentativa de golpe de Estado. Conversei com auxiliares sobre alternativas políticas para o país, mas nunca cogitei ruptura democrática. Sempre atuei dentro das quatro linhas da Constituição. Não houve golpe, meu adversário tomou posse e mesmo assim tentam me condenar”, escreveu Bolsonaro.


LEIA TAMBÉM

Entenda o julgamento no STF

  • Denúncia da PGR: Acusa Bolsonaro e aliados de tentativa de golpe.
  • Julgamento em andamento: Primeira Turma do STF analisa o caso.
  • Decisão sobre réus: Se a maioria dos ministros aceitar a denúncia, os acusados responderão a processo penal.
  • Delação de Mauro Cid: Defesa tentou anular, mas pedido foi negado.
  • Possível inelegibilidade: Bolsonaro alega que ação tem motivação política.

Redacao

Equipe de jornalistas do Jornal DC - Diário Carioca

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