Rio de Janeiro – Jair Bolsonaro utilizou o avião presidencial para enviar joias recebidas de presente e negociadas ilegalmente aos Estados Unidos, segundo a Polícia Federal. O relatório final da corporação aponta que ele alegou usar a aeronave para “viagens oficiais” para enviar relógios Rolex e Patek Philippe ao país.
O que você precisa saber
- Uso do avião presidencial: Bolsonaro usou a aeronave oficial para enviar joias aos EUA.
- Negociação das joias: Tenente-coronel Mauro Cid foi responsável pela venda no exterior.
- Depósito dos valores: Dinheiro foi depositado na conta do general Mauro Cesar Lourena Cid e enviado a Bolsonaro.
Relatório da Polícia Federal
O relatório da Polícia Federal detalha que Bolsonaro, com auxílio de seu ajudante de ordens Mauro Cid, usou o avião presidencial para transportar joias sob a alegação de “viagens oficiais”. “Inicialmente, com a finalidade de distanciar e ocultar os atos ilícitos de venda dos bens das autoridades brasileiras e posterior reintegração ao seu patrimônio, por meio de recursos em espécie, o então presidente Jair Bolsonaro, com o auxílio de seu Ajudante de Ordens, Mauro Cesar Cid, utilizou o avião Presidencial, sob a cortina de viagens oficiais do então chefe de Estado brasileiro para, de forma escamoteada, enviar as joias aos Estados Unidos”, afirma o documento.
Negociação e ocultação
Nos Estados Unidos, Mauro Cid assumiu a negociação das joias, com o objetivo de ocultar o real proprietário e beneficiário final da venda. A Polícia Federal destaca que as negociações ocorreram após determinação de Bolsonaro.
Após as vendas, o dinheiro foi depositado na conta do general Mauro Cesar Lourena Cid, pai de Mauro Cid, para ocultar a localização. Posteriormente, os valores foram enviados “de forma fracionada e em espécie” a Bolsonaro.