Brasília – A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) teve sua ação contra a Globo e os jornalistas Andréia Sadi, Octavio Guedes, Marcelo Lins e Daniel Rocha encerrada.
O caso, que envolvia declarações do delegado da Polícia Federal Alexandre Saraiva, foi arquivado pela 3ª Turma Recursal do Tribunal de Justiça do Distrito Federal (TJ-DF) no último dia 24, após o esgotamento de todos os recursos da parlamentar.
O delegado havia chamado Zambelli de “bandida” e “marginal” durante entrevista no programa Estúdio i, em junho de 2022.
A fala, que acusava a deputada de apoiar crimes na Amazônia, gerou repercussão e levou a deputada a pedir indenização por danos morais no valor de R$ 100 mil.
O que motivou o processo?
A entrevista de Alexandre Saraiva ocorreu no contexto dos assassinatos do jornalista Dom Phillips e do indigenista Bruno Araújo, mortos em maio de 2022. Durante o programa, o delegado afirmou que havia uma “bancada do crime”, citando Zambelli e outros políticos.
Qual foi a decisão da Justiça?
O TJ-DF rejeitou os argumentos da deputada e reforçou a importância da liberdade de imprensa. Os juízes concluíram que os jornalistas não poderiam prever as declarações do delegado e que apenas fizeram perguntas dentro de suas funções.
Zambelli alegou que deveria ter sido defendida durante a entrevista, mas a Justiça considerou que as críticas feitas eram relacionadas ao comportamento político da parlamentar.
Quem mais foi mencionado?
Além de Zambelli, o delegado citou políticos como Zequinha Marinho (Podemos-PA), Telmário Mota (Solidariedade-RR), Mecias de Jesus (Republicanos-RR) e Jorginho Mello (PL-SC). Todos foram associados, por Saraiva, a uma “bancada de marginais”.
Entenda o caso: Carla Zambelli e o processo contra a Globo
- O início: Entrevista do delegado Alexandre Saraiva em junho de 2022.
- A polêmica: Declarações de Saraiva associaram Zambelli a crimes na Amazônia.
- O processo: Deputada pediu indenização de R$ 100 mil por danos morais.
- A decisão: TJ-DF arquivou o caso e reforçou liberdade de imprensa.
- Repercussão: Globo e jornalistas não comentaram a decisão judicial.