Brasília – Tornado réu no Supremo Tribunal Federal (STF) na última terça-feira (18) como um dos mandantes do assassinato de Marielle Franco (PSOL), o deputado federal Chiquinho Brazão (sem partido-RJ) permanece no cargo, apesar de estar preso desde março. O processo contra Brazão no Conselho de Ética da Câmara dos Deputados enfrenta atrasos e segue em ritmo lento, segundo a colunista Malu Gaspar, do jornal O Globo.
O que você precisa saber
- Chiquinho Brazão foi indiciado pelo STF como mandante do assassinato de Marielle Franco.
- Conselho de Ética da Câmara enfrenta atrasos no processo contra o deputado.
- Sessão extraordinária do colegiado não ocorreu como previsto.
- Testemunhas da Polícia Federal não foram notificadas sobre a convocação.
Atrasos no Conselho de Ética
Na última quarta-feira (19), estava programada uma sessão extraordinária do Conselho de Ética para ouvir três autoridades da Polícia Federal (PF): o superintendente Leandro Almada e os delegados Guilhermo Catramby e Jaime Nunes, responsáveis pelas investigações. A sessão não ocorreu, pois as testemunhas não tinham conhecimento da convocação.
Fase de Instrução Probatória
O caso, relatado pela deputada Jack Rocha (PT-ES), encontra-se na fase de recolhimento e análise de provas, iniciada no dia 11 de junho. A previsão é que essa etapa se estenda até agosto. O plano de trabalho da relatora inclui as oitivas de seis testemunhas, entre elas o procurador-geral da República Paulo Gonet.
Desafios no Processo
O Conselho de Ética enfrenta desafios devido a atrasos na definição do relator do caso. Vários deputados sorteados para a função recusaram a responsabilidade, o que atrasou o início do processo. Jack Rocha foi escolhida após várias desistências, incluindo as de Bruno Ganem (Podemos-SP) e Ricardo Ayres (Republicanos-TO).
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Pressão e Expectativas
Apesar do ritmo lento, não há sinais de que o processo será engavetado. A relatora Jack Rocha tem evitado a imprensa para não comprometer seu trabalho. A decisão final sobre a cassação de Brazão depende das conclusões do Conselho de Ética e de possíveis recursos à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e ao plenário da Câmara.