São Paulo

Datafolha revela predomínio da direita entre paulistanos

Estudo mostra que 28% dos moradores de São Paulo se identificam com a direita, enquanto 21% se dizem de esquerda

Manifestações de esquerda e de direita na Paulista, em São Paulo. Foto: reprodução
Manifestações de esquerda e de direita na Paulista, em São Paulo. Foto: reprodução

Rio de Janeiro – Uma pesquisa do Datafolha divulgada nesta segunda-feira (3) revela que os moradores da cidade de São Paulo se identificam mais com a direita do que com a esquerda. Entre os entrevistados, 28% se declaram direitistas, enquanto 21% se dizem de esquerda.

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O que você precisa saber

  • Identificação política: 28% dos paulistanos se consideram de direita, 21% de esquerda.
  • Crescimento: A direita tem visto um aumento na identificação, enquanto a esquerda também apresenta crescimento em relação a 2013.
  • Escala política: A média de posicionamento dos entrevistados é 4,3 em uma escala de 1 a 7, mais próxima da direita.
  • Perfil socioeconômico: Direitistas tendem a ganhar até dois salários mínimos e ter ensino fundamental; esquerdistas ganham mais de dois salários mínimos e possuem curso superior.
  • Intenção de voto: Os eleitores de Pablo Marçal e Kim Kataguiri são os mais direitistas; os de Guilherme Boulos, os mais esquerdistas.

Crescimento da direita

Comparada a pesquisas anteriores realizadas em 2003, 2006 e 2013, o número de pessoas que se identificam como de direita aumentou. Em 2003, 27% dos paulistanos se consideravam de direita, índice que caiu para 20% em 2013 e voltou a subir para 27% em 2024.

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Centro e variações

Desde 2013, também houve crescimento entre os que se identificam como centro-direita e centro-esquerda. A centro-direita variou de 14% para 12%, a centro-esquerda manteve-se em 10%, e o centro oscilou de 24% para 22%. O percentual de entrevistados que não se posicionam politicamente caiu de 16% em 2013 para 8% em 2024.

Perfil socioeconômico e intenções de voto

Os dados mostram que os direitistas geralmente ganham até dois salários mínimos, têm ensino fundamental e são majoritariamente evangélicos. Os que se identificam com a esquerda tendem a ganhar mais de dois salários mínimos e possuem curso superior.

Intenção de voto e posicionamento político

A pesquisa também analisou a intenção de voto cruzada com a posição política. Os eleitores mais direitistas são os de Pablo Marçal (PRTB) e Kim Kataguiri (União Brasil), com um índice de 5,2 na escala de 1 a 7. O prefeito Ricardo Nunes (MDB), candidato à reeleição, teve um índice de 5. Os eleitores de José Luiz Datena (PSDB) e Marina Helena (Novo) se aproximam da média paulistana de 4,3. Já os eleitores de Tabata Amaral (PSB) estão mais ao centro com um índice de 4, enquanto os de Guilherme Boulos (PSOL) são mais de esquerda, com um índice de 3.

Menos bolsonaristas em São Paulo

A pesquisa Datafolha também revela que os paulistanos são menos bolsonaristas do que a média nacional. Na capital, 19% se dizem apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), enquanto a média nacional é de 24%. Já 31% se declaram petistas, em comparação com a média nacional de 30%. Os que se dizem neutros representam 23% dos paulistanos, contra 21% no restante do país.