A defesa do tenente-coronel Mauro Cid reafirmou ao Supremo Tribunal Federal (STF) que o acordo de delação premiada firmado por ele foi conduzido de maneira regular e sem qualquer coação. Em um documento enviado à Corte, os advogados do militar garantiram que todas as etapas do processo foram feitas com a presença de sua defesa, tanto nos depoimentos à Polícia Federal quanto nas formalidades da colaboração perante o STF.
O posicionamento é parte da estratégia de defesa de Cid no processo referente à denúncia sobre a tentativa de um golpe de Estado, no qual o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) também foi denunciado. A defesa de Cid nega qualquer tipo de induzimento ou coerção durante a delação.
Estratégia de Defesa de Mauro Cid
Os advogados de Cid destacaram que o acordo de delação ocorreu de acordo com as garantias constitucionais, como a ampla defesa, o contraditório e o devido processo legal, afastando qualquer suspeita sobre sua validade. Eles também ressaltaram que, embora Cid tenha confirmado os fatos durante a delação, isso não significa que a defesa concorde com as acusações feitas pela Procuradoria-Geral da República (PGR) com base nos depoimentos.
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Declarações dos Advogados
“Jamais a defesa admitiria qualquer espécie de coação ou induzimento na prestação de informações por Mauro Cid”, afirmaram os advogados em seu documento. Eles também reforçaram que a diferença entre os fatos narrados por Cid e as conclusões da PGR sobre a responsabilidade penal do militar é “estelar”. Diante disso, os defensores adiantaram que irão pleitear a absolvição sumária de Cid durante o processo judicial.
O Caso de Mauro Cid e a Delação Premiada
- Mauro Cid prestou depoimentos à Polícia Federal e ao STF como parte do acordo de delação premiada.
- A defesa do tenente-coronel reforçou que o acordo foi realizado de maneira regular e sem coerção.
- O ex-presidente Jair Bolsonaro também foi denunciado no mesmo processo.
- A defesa de Cid nega qualquer tipo de induzimento ou coação nos depoimentos.
- Os advogados pretendem sustentar a absolvição sumária de Cid durante o julgamento.