Rachando a Cuca

Deputados fazem questionamento esdrúxulo a Haddad para defender Flávio Bolsonaro

Gustavo Gayer e Júlia Zanatta protocolam requerimento sobre servidores da Receita

Os deputados Gustavo Gayer e Júlia Zanatta. Foto: reprodução
Os deputados Gustavo Gayer e Júlia Zanatta. Foto: reprodução

Brasília – Os deputados Gustavo Gayer (PL-GO) e Júlia Zanatta (PL-SC) protocolaram um Requerimento de Informação (RIC) ao Ministério da Fazenda. O documento questiona o ministro Fernando Haddad sobre as advogadas que defendem o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), expostas pela investigação da Abin Paralela.

O que você precisa saber

Requerimento de Informação: Os deputados Gayer e Zanatta querem saber se a Receita Federal agiu irregularmente ao acessar dados de Flávio Bolsonaro. Eles alegam que servidores usaram informações sigilosas para prejudicar o senador.

Esquema de arapongagem: O esquema, montado por Alexandre Ramagem na Abin, tinha como objetivo criar dossiês contra adversários e auxiliar os filhos do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Gravação comprometedora: Em um áudio de 2020, Bolsonaro e Ramagem discutem a criação de um sistema de espionagem contra servidores da Receita.

O que aconteceu?

Documentos protocolados: Gayer e Zanatta protocolaram os requerimentos após a divulgação do áudio. Eles alegam que Flávio foi vítima de uma operação ilegal da Receita Federal.

Questões levantadas: Os deputados querem saber se o Ministério da Fazenda tomou medidas contra os servidores envolvidos e qual a situação atual deles. Zanatta alega que Flávio foi alvo de uma operação ilegal e pergunta sobre a punição dos servidores.

Audiência de 2020: O áudio divulgado mostra Bolsonaro, Ramagem, o general Augusto Heleno, e advogadas discutindo a espionagem. Bolsonaro sugere procurar o chefe do Dataprev, Gustavo Canuto, para obter informações de forma ilegal.

Esquema da Abin Paralela: O esquema de arapongagem montado por Alexandre Ramagem na Agência Brasileira de Inteligência (Abin) durante o governo Bolsonaro tinha como objetivo criar dossiês contra adversários políticos e auxiliar os filhos do ex-presidente em processos judiciais. Gayer e Zanatta defendem que Flávio foi vítima de servidores da Receita Federal, que teriam acessado dados sigilosos para produzir o Relatório de Informações Financeiras (RIF).

Questionamentos dos Deputados: No requerimento, Gayer solicita informações ao ministro da Fazenda sobre possíveis medidas tomadas contra os servidores da Receita envolvidos. “Qual a atual situação desses servidores? Eles continuam afastados de suas funções? Foram punidos? Se sim, qual a punição imposta?”, questiona.

Gravação Reveladora: O áudio de uma reunião no Palácio do Planalto em 25 de agosto de 2020 revela conversas entre Bolsonaro, Ramagem, Heleno e advogadas discutindo a criação de um sistema de espionagem. Bolsonaro sugere buscar informações de forma ilegal, e Heleno alerta que a ação não pode “vazar”.

Resposta de Flávio Bolsonaro: Flávio Bolsonaro respondeu à divulgação do áudio com um vídeo nas redes sociais. Ele tentou desqualificar o conteúdo das gravações, afirmando que as falas foram tiradas de contexto. “O gabinete do ódio da esquerda mais uma vez inventando mentiras a meu respeito”, disse ele.

Contexto Político

Ação dos Deputados: A ação de Gayer e Zanatta ocorre em meio a um cenário de crescente tensão política. Eles alegam que a operação contra Flávio Bolsonaro foi conduzida de forma ilegal e buscam responsabilizar os servidores da Receita envolvidos.

Repercussão do Áudio: A divulgação do áudio compromete a imagem do ex-presidente e seus aliados, levantando questões sobre o uso de órgãos públicos para fins pessoais e políticos.