Julgamento

Dino acompanha voto de Moraes e condena cabeleireira a 14 anos

Ministro do STF segue relator e pede condenação por cinco crimes
22 de março de 2025
1 min de leitura
Débora Rodrigues picha a estátua "A Justiça" durante os atos de 8 de janeiro. © Joedson Alves/Agencia Brasil
Débora Rodrigues picha a estátua "A Justiça" durante os atos de 8 de janeiro. © Joedson Alves/Agencia Brasil

Brasília – O ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), acompanhou o voto de Alexandre de Moraes e pediu a condenação da cabeleireira Débora Rodrigues dos Santos a 14 anos de prisão pelos atos de 8 de Janeiro. Débora ficou conhecida por pichar a frase “perdeu, mané” na estátua da Justiça, em frente ao STF.

O julgamento acontece no plenário virtual da Primeira Turma do STF e deve continuar até 28 de março. Além de Moraes e Dino, ainda votarão os ministros Cristiano Zanin, Cármen Lúcia e Luiz Fux. Caso mais um voto siga o relator, a condenação da cabeleireira será confirmada.

Voto e crimes imputados

O ministro Alexandre de Moraes, relator do caso, imputou cinco crimes à cabeleireira:

  • Abolição violenta do Estado Democrático de Direito4 anos e 6 meses de reclusão;
  • Golpe de Estado5 anos de prisão;
  • Dano qualificado1 ano e 6 meses de detenção, além de multa de R$ 25.300;
  • Deterioração de Patrimônio tombado1 ano e 6 meses de reclusão e multa de R$ 25.300;
  • Associação criminosa armada1 ano e 6 meses de reclusão.

Além disso, Moraes determinou que Débora e outros condenados paguem R$ 30 milhões em indenização por danos morais coletivos.


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Foto usada como prova

Em seu voto, Moraes destacou uma imagem onde Débora segura um celular, demonstrando “orgulho e felicidade” pelo ato de vandalismo contra um símbolo do Poder Judiciário.

A Polícia Federal prendeu Débora em março de 2023 na Operação Lesa Pátria. No julgamento, realizado em novembro de 2024, ela escreveu uma carta a Moraes, pedindo desculpas. No texto, afirmou não saber da importância da estátua e disse ter sido incentivada a escrever na obra por outra pessoa.

Entenda o caso: condenação de Débora Santos

  • Ato de vandalismo: No 8 de Janeiro, Débora pichou a frase “perdeu, mané” na estátua da Justiça.
  • Acusação: O STF imputou a ela cinco crimes, incluindo golpe de Estado.
  • Pena: Se condenada, cumprirá 14 anos de prisão.
  • Multa: Além da pena, deverá pagar R$ 30 milhões em indenização.
  • Desculpas: Ela pediu perdão ao ministro Moraes e ao povo brasileiro.

Redacao

Equipe de jornalistas do Jornal DC - Diário Carioca

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