Brasília – O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Flávio Dino, determinou o afastamento de Lino Rogério da Silva Furtado, chefe de gabinete do deputado federal Afonso Motta (PDT-RS), e de Cliver André Fiegenbaum, diretor administrativo e financeiro da Metroplan, em uma investigação sobre o desvio de emendas parlamentares no Rio Grande do Sul.
As apurações apontam que um grupo estaria apropriando-se de 6% dos valores das emendas destinadas ao Hospital Ana Nery, em Santa Cruz do Sul (RS), sob a justificativa de “contrapartida” pela captação dos recursos. A decisão também incluiu buscas e apreensões de celulares e computadores, além do bloqueio de até R$ 509 mil dos investigados.
Esquema de desvio de emendas
A Polícia Federal (PF) apura a existência de um esquema de desvio de verbas destinadas à saúde. O grupo investigado teria solicitado um percentual sobre os valores repassados ao hospital, alegando que era um retorno pela intermediação dos recursos.
O deputado Afonso Motta não é alvo direto da operação. No entanto, a PF investiga se ele tinha conhecimento das supostas irregularidades. Em nota, Motta afirmou estar “surpreendido” com a investigação e busca mais informações sobre o caso.
Medidas determinadas pelo STF
O ministro Flávio Dino determinou o afastamento imediato dos investigados para evitar possíveis interferências nas apurações. Além disso, a PF cumpriu mandados de busca e apreensão para coletar provas. A decisão também bloqueou bens e valores suspeitos para garantir possível ressarcimento aos cofres públicos.
A Metroplan, fundação vinculada ao governo estadual, é responsável pela gestão de projetos e investimentos no Rio Grande do Sul. A entidade ainda não se manifestou sobre as investigações.
Entenda o caso: investigação sobre desvio de emendas no RS
- Quem são os investigados? Lino Rogério da Silva Furtado (chefe de gabinete do deputado Afonso Motta) e Cliver André Fiegenbaum (diretor administrativo e financeiro da Metroplan).
- Qual a suspeita? O grupo teria desviado 6% das emendas parlamentares destinadas ao Hospital Ana Nery.
- Quais as medidas adotadas? Afastamento dos suspeitos, bloqueio de R$ 509 mil e apreensão de documentos.
- O que diz Afonso Motta? Ele não é alvo direto, mas disse estar “surpreendido” com as investigações.
- Qual o papel da Metroplan? A fundação é responsável pela gestão de projetos no RS e ainda não comentou o caso.