Washington – O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) declarou nas redes sociais que está “combatendo uma ditadura” nos Estados Unidos. A afirmação ocorre enquanto o Supremo Tribunal Federal (STF) avalia a retenção de seu passaporte.
O parlamentar enfrenta representações no Conselho de Ética da Câmara e na Procuradoria-Geral da República (PGR) por suposta conspiração contra o Brasil e tentativa de constrangimento ao Poder Judiciário.
STF avalia retenção do passaporte
O ministro Alexandre de Moraes encaminhou à PGR duas notícias-crime apresentadas pelo Partido dos Trabalhadores (PT) e pelos deputados Lindbergh Farias (PT-RJ) e Rogério Correia (PT-MG). Os documentos solicitam que a Justiça impeça Eduardo Bolsonaro de deixar o país, devido a suas frequentes viagens aos EUA.
A medida surge em meio às investigações sobre Jair Bolsonaro (PL), acusado de tentativa de golpe de Estado. Caso a retenção seja confirmada, o deputado poderá ter dificuldades para continuar suas articulações internacionais.
O regime de exceção no Brasil não é uma novidade. Eduardo já era um alvo há bastante tempo, pois faz um trabalho internacional muito importante, de denunciar os violadores dos direitos humanos mais básicos. Na minha opinião, seria excelente se Eduardo pudesse se dedicar… pic.twitter.com/cbEmbAHv8q
— MarioFrias (@mfriasoficial) March 2, 2025
Não se combate uma ditadura estando dentro de seu território de atuação.
— Eduardo Bolsonaro🇧🇷 (@BolsonaroSP) March 2, 2025
Declaração de Eduardo Bolsonaro
Eduardo Bolsonaro respondeu a uma publicação do deputado Mário Frias (PL-RJ), que afirmou que o parlamentar paulista era “alvo há bastante tempo” e que seu trabalho de “denúncia de violações de direitos humanos” era crucial.
O filho do ex-presidente então reforçou sua posição, declarando: “Não se combate uma ditadura estando dentro de seu território de atuação.”
Conselho de Ética pode avaliar caso
O nome de Eduardo Bolsonaro foi citado no Conselho de Ética da Câmara, onde há um pedido de investigação por sua atuação nos EUA. A decisão pode influenciar sua possível nomeação como presidente da Comissão de Relações Exteriores, cargo que ele pretende ocupar para fortalecer alianças com a extrema-direita global e intensificar críticas ao STF.