Brasília – Eduardo Cunha, ex-presidente da Câmara e deputado cassado, fez declarações contundentes contra o senador e ex-juiz Sergio Moro. Em entrevista do ano passado, que voltou a circular nas redes sociais nesta semana, Cunha chamou Moro de “chefe de gangue” e acusou-o de “sequestrar pessoas para obter delações”. Além disso, afirmou que a prisão do presidente Lula foi “injusta”.
“O Moro montou uma indústria de delações, em que ele sequestrava as pessoas, e o resgate era a delação nos termos que eles queriam”, declarou Cunha. Ele também mencionou um artigo publicado por Moro na Folha de S.Paulo, anos antes da Lava Jato, explicando como conduzir operações similares no Brasil.
Acusações contra Sergio Moro
Cunha afirmou que Moro liderava um esquema organizado durante a operação Lava Jato. Segundo ele, o ex-juiz tinha representantes dentro de presídios, e a “gangue” incluía pessoas que operavam para forçar delações premiadas.
Ele reforçou suas críticas dizendo que a prisão de Lula aconteceu de forma “injusta e ilegal”. “O Lula foi afastado com ‘gol de mão’ das eleições de 2018. Mesmo sendo adversário do PT, não tenho pudor em reconhecer isso”, afirmou.
Repercussão nas redes sociais
O vídeo com as declarações de Eduardo Cunha viralizou, gerando debates acalorados sobre as práticas da Lava Jato. Enquanto críticos de Moro apoiaram as acusações, seus defensores argumentaram que as afirmações carecem de provas concretas.
No entanto, a declaração de que Moro teria escrito um artigo na Folha de S.Paulo, anos antes, detalhando métodos de operações anticorrupção, levantou questões sobre a premeditação das ações conduzidas pela força-tarefa.
Contexto político e histórico
Eduardo Cunha foi uma figura central no processo de impeachment de Dilma Rousseff. Apesar de ser um adversário político do PT, ele adotou um tom crítico em relação aos métodos da Lava Jato e ao papel de Moro.
As declarações também reacenderam discussões sobre a legalidade das operações e os impactos das delações premiadas no cenário político brasileiro.
Entenda o caso: Cunha, Moro e a Lava Jato
- Acusações: Cunha chamou Moro de “chefe de gangue” e acusou-o de manipular delações.
- Prisão de Lula: Ex-presidente foi preso em 2018 e afastado das eleições daquele ano.
- Repercussão: Declarações de Cunha reacenderam críticas e debates sobre a Lava Jato.
- Histórico: Cunha liderou o impeachment de Dilma, mas agora critica Moro e seus métodos.
