Brasília – O deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ) discutiu com manifestantes nesta terça-feira (8) no aeroporto de Brasília enquanto tentava coletar assinaturas para o projeto de anistia aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro de 2023. Ao lado de Hélio Lopes (PL-RJ), o parlamentar recebeu críticas de opositores e respondeu com gritos de apoio à proposta.
Durante a ação, integrantes de movimentos estudantis, como o presidente da UBES, Hugo Silva, protestaram contra a anistia. Os parlamentares bolsonaristas reagiram, provocando um confronto verbal no saguão do terminal.
Deputados tentam avançar com projeto de anistia
O grupo bolsonarista intensificou os esforços para viabilizar a tramitação acelerada da proposta na Câmara dos Deputados. O objetivo é garantir as 257 assinaturas necessárias para aprovar o requerimento de urgência. Até o momento, o partido conta com 191 apoios confirmados.
Conflito no aeroporto marca mobilização
Durante a abordagem aos parlamentares no aeroporto, Sóstenes tentava convencer colegas a aderirem à proposta. Conseguiu o apoio de Hélio Lopes, também do PL-RJ, mas foi confrontado por manifestantes contrários.
Hugo Silva, da UBES, afirmou: “Lugar de golpista é na cadeia, Bolsonaro está com os dias contados, é réu, inelegível”. A declaração provocou reação imediata de bolsonaristas que gritavam “anistia” em resposta.
Bolsonaro muda estratégia de pressão
Inicialmente, o PL planejava pressionar parlamentares com o chamado “carômetro”, expondo os que não apoiassem o requerimento. Contudo, o ex-presidente Jair Bolsonaro orientou o recuo. Pediu que Sóstenes priorizasse conversas com dirigentes partidários e sugerisse condicionar recursos do fundo partidário à adesão ao projeto.
Silas Malafaia ataca presidente da Câmara
A ofensiva bolsonarista também inclui críticas ao presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB). O pastor Silas Malafaia acusou o deputado de bloquear a votação do requerimento durante ato realizado na Avenida Paulista, no último domingo (6).
No entanto, aliados políticos classificaram o ataque como um possível “tiro no pé”, que pode comprometer a proposta de vez. A pressão direta sobre Motta não teve efeito prático até agora.
Entenda: a tentativa de anistia aos golpistas do 8 de Janeiro
- O PL tenta aprovar urgência para o projeto de anistia
- Deputados bolsonaristas buscam assinaturas no Congresso
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