Brasília – Um grupo formado por 10 entidades do movimento negro enviou uma carta ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva expressando insatisfação com a condução da Política de Igualdade Racial sob a gestão da ministra Anielle Franco.
As organizações afirmam que houve um “apagamento da participação social” no desenvolvimento dessas políticas, além de destacar a falta de envolvimento do movimento negro nas decisões.
Entre as entidades que assinaram o documento estão a Associação Brasileira de Pesquisadores Negros, os Agentes de Pastoral Negros do Brasil e a Coordenação Nacional de Entidades Negras. O teor da carta foi divulgado pelo Portal UOL.
Críticas à gestão
De acordo com os grupos, a atual gestão do Ministério da Igualdade Racial, liderada por Anielle Franco, não tem incluído suficientemente as vozes da sociedade civil e dos movimentos sociais na formulação das políticas públicas voltadas à população negra no Brasil. As entidades alertam para o que chamam de “eliminação da contribuição do movimento negro” na estruturação dessas políticas.
Resposta do ministério
Em nota oficial, o Ministério da Igualdade Racial se posicionou sobre as críticas, afirmando que a pasta “recuperou, estruturou e apresentou políticas históricas com ampla participação de movimentos sociais e da sociedade civil” em menos de dois anos de gestão. O comunicado defende o trabalho realizado pela ministra Anielle Franco e ressalta o comprometimento com a inclusão social e a construção de políticas públicas que promovam a igualdade racial.
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Perguntas frequentes sobre o movimento negro e a política de igualdade racial
O que as entidades negras estão criticando?
As organizações alegam que a gestão de Anielle Franco não tem garantido a participação ativa do movimento negro na formulação de políticas de igualdade racial.
Quem assinou a carta enviada a Lula?
Entre as entidades estão a Associação Brasileira de Pesquisadores Negros, os Agentes de Pastoral Negros do Brasil e a Coordenação Nacional de Entidades Negras.
Como o ministério reagiu às críticas?
A assessoria do ministério destacou que, em menos de dois anos, a pasta estruturou políticas com ampla participação de movimentos sociais e da sociedade civil, negando as acusações de exclusão.