Fiel ao Erro

Escândalo da Abin Paralela: Lira em Silêncio

Presidente da Câmara não se pronuncia sobre espionagem ilegal

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL). Foto: reprodução
O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL). Foto: reprodução

Brasília – O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), permanece em silêncio há mais de 24 horas sobre o escândalo da Abin paralela, uma estrutura clandestina de espionagem montada na Agência Brasileira de Inteligência (Abin) durante o governo Bolsonaro. Lira, que foi alvo da espionagem, ainda não comentou o caso.

O que você precisa saber

  • Arthur Lira foi espionado pela Abin paralela.
  • A estrutura clandestina operou durante o governo Bolsonaro.
  • Lira deixará a presidência da Câmara em fevereiro de 2025.
  • O silêncio de Lira chamou a atenção de políticos e investigadores.

Detalhes do Escândalo

Polícia Federal (PF) revelou que a Abin paralela monitorou ilegalmente ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), jornalistas e políticos, incluindo Arthur Lira. A operação utilizou o software israelense First Mile para invadir dispositivos sem deixar rastros. A lista de espionados inclui figuras de destaque como Alexandre de MoraesDias Toffoli e Luís Roberto Barroso.

Repercussão Política

O silêncio de Arthur Lira gerou especulações entre políticos e membros do Poder Judiciário. Lira, que possui vínculos próximos com parlamentares bolsonaristas, espera garantir o apoio de Jair Bolsonaro para eleger um aliado como seu sucessor na presidência da Câmara. Além disso, ele planeja contar com o respaldo dos bolsonaristas nas eleições de 2026, quando pretende concorrer ao Senado por Alagoas.

Investigações em Curso

PF prendeu quatro suspeitos de integrarem a organização criminosa dentro da Abin. Entre os presos estão Mateus Sposito, ex-assessor da Secretaria de Comunicação Social da Presidência, e Giancarlo Gomes Rodrigues, ex-servidor da Abin. O ministro Alexandre de Moraes determinou a retirada do sigilo da investigação, expondo uma lista de autoridades espionadas.

Contexto Histórico

Abin paralela operou sem regras claras, refletindo resquícios autoritários na inteligência brasileira. A espionagem visava minar a credibilidade do sistema eleitoral e perseguir adversários políticos. A operação Última Milha da PF continua investigando a extensão do esquema e suas ramificações.