Vassalagem à Direita

Falsos patriotas pedem apoio dos EUA e Elon Musk contra soberania do Brasil em ato contra Moraes

Extrema-direita faz apelos a Elon Musk e EUA em ataque à soberania brasileira

Ato bolsonarista na Avenida Paulista, São Paulo-SP, 7 de setembro de 2024 (Foto: Reprodução/YT)
Ato bolsonarista na Avenida Paulista, São Paulo-SP, 7 de setembro de 2024 (Foto: Reprodução/YT)

São Paulo – O ato da extrema-direita na Avenida Paulista neste sábado (7) foi marcado por ataques ao ministro Alexandre de Moraes e ao presidente Lula, além de pedidos de intervenção dos EUA e apoio do bilionário Elon Musk. O protesto reforçou a postura antidemocrática de seus participantes, que se posicionaram contra decisões do STF e pediram a anistia dos presos políticos dos atos de 8 de janeiro de 2023.

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Resumo da Notícia:

  • Ato de extrema-direita na Paulista neste 7 de setembro.
  • Pedidos de intervenção dos EUA e apoio de Elon Musk.
  • Críticas ao STF e ataques ao ministro Alexandre de Moraes.
  • Deputados Gustavo Gayer e Nikolas Ferreira lideram discursos inflamados.

Falso patriotismo e apelo aos EUA: Extrema-direita se reúne na Paulista

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O protesto na Avenida Paulista, em São Paulo, promovido pela extrema-direita neste 7 de setembro, trouxe à tona um falso patriotismo que contradiz os princípios de soberania nacional. Durante o evento, os manifestantes não só atacaram o ministro Alexandre de Moraes e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, mas também apelaram aos Estados Unidos e ao bilionário Elon Musk para intervir em assuntos internos do Brasil.

Os pedidos de apoio externo revelam uma desconexão com os valores de independência que, paradoxalmente, eram comemorados na data. Os discursos inflamados clamavam por uma interferência estrangeira, desrespeitando a soberania do país ao tentarem buscar soluções fora de suas fronteiras, num claro descompasso com a verdadeira defesa da pátria.


Ataques e apelos a Elon Musk e EUA

Entre os destaques do protesto estavam os discursos dos deputados Gustavo Gayer e Nikolas Ferreira, ambos do PL, que concentraram seus ataques no ministro Alexandre de Moraes. Gayer, que chegou a falar em inglês durante seu discurso, declarou que “o mundo todo está assistindo” ao que ele chamou de “censura” nas redes sociais. Já Ferreira, em tom mais agressivo, chamou Moraes de “covarde” e “tirano”, criticando suas decisões, como o bloqueio da plataforma X (antigo Twitter), de propriedade de Musk.


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A participação do empresário da fé Silas Malafaia também ganhou destaque. Malafaia, conhecido apoiador de Jair Bolsonaro, liderou um momento de oração, pedindo mudanças no cenário político e clamando por uma intervenção divina sobre as autoridades brasileiras. Em seu discurso, não poupou críticas a Lula, Geraldo Alckmin e Moraes, repetindo o padrão de ataques já amplamente visto em outros eventos da extrema-direita.


Bolsonaro retoma ataques a Lula e Moraes

O ex-presidente Jair Bolsonaro aproveitou o evento para intensificar suas críticas ao presidente Lula e ao ministro Alexandre de Moraes. Referindo-se às eleições de 2022, Bolsonaro acusou Moraes de parcialidade, afirmando que o ministro conduziu o processo eleitoral de forma injusta. “Eu não passo a faixa para ladrão”, afirmou, em mais uma tentativa de deslegitimar a vitória de Lula nas urnas. Bolsonaro ainda pediu que o Senado “coloque um freio” nas ações de Moraes, a quem chamou de “ditador”.


Perguntas frequentes sobre o ato de extrema-direita na Paulista

Por que o protesto foi chamado de falso patriotismo?

O ato incluiu pedidos de intervenção dos EUA e apoio de Elon Musk, o que contradiz a ideia de soberania nacional que um verdadeiro patriotismo deveria defender. Esse apelo a potências externas desrespeita a independência do Brasil.

Qual foi o papel de Elon Musk nesse contexto?

Musk, dono da rede social X, foi citado por manifestantes como aliado após o bloqueio da plataforma no Brasil, decisão ordenada por Alexandre de Moraes. Os manifestantes pediram seu apoio, reforçando o apelo externo.

O que Bolsonaro disse no evento?

Bolsonaro criticou Lula e Moraes, afirmando que não entregaria a faixa presidencial a um “ladrão”. Ele também pediu que o Senado limitasse as ações do ministro do STF.