São Paulo – O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Flávio Dino, enviou um recado ao governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), após o político ter afirmado que o PCC (Primeiro Comando da Capital) teria orientado votos em favor de Guilherme Boulos (PSOL) nas eleições municipais. Sem citar diretamente o governador, Dino fez uma publicação em suas redes sociais mencionando a Lei Complementar 64, de 1990, que trata de abusos de poder nas eleições, sugerindo a necessidade de novas medidas para lidar com esses problemas.
Em seu post, Dino destacou a importância de regulamentar abusos modernos que surgem com o avanço tecnológico e cultural. Ele declarou que esses novos tipos de manipulação exigem “reflexões teóricas e novas normativas” para combater o mau uso de poder e de meios de comunicação em benefício de campanhas.
Tarcísio menciona “salve” do PCC sem apresentar provas
No último domingo (27), Tarcísio afirmou que serviços de inteligência do governo de São Paulo teriam interceptado mensagens do PCC instruindo eleitores em áreas específicas a apoiar Boulos. O governador declarou que houve “salve” da facção criminosa em favor do candidato do PSOL, sem, no entanto, apresentar qualquer evidência concreta sobre a alegação.
Resposta de Boulos e TRE-SP desmente acusações
A defesa de Guilherme Boulos recorreu à Justiça Eleitoral pedindo a inelegibilidade de Tarcísio e a cassação da chapa de Ricardo Nunes (MDB) e do coronel Mello Araújo (PL). Além disso, o Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) declarou oficialmente que não recebeu nenhum relatório de inteligência confirmando a suposta conexão entre o PCC e Boulos.
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Perguntas Frequentes sobre a Polêmica entre Flávio Dino e Tarcísio de Freitas
1. O que Flávio Dino quis dizer em sua mensagem sobre a Lei Complementar 64?
O ministro do STF usou a Lei das Inelegibilidades para sugerir que novas normas são necessárias para combater abusos de poder e manipulação eleitoral.
2. Tarcísio apresentou provas sobre a suposta interferência do PCC?
Não. O governador afirmou ter informações de inteligência, mas não apresentou nenhuma evidência concreta para sustentar as alegações.
3. Como a defesa de Boulos reagiu às declarações de Tarcísio?
A equipe jurídica de Boulos entrou com um pedido na Justiça Eleitoral pedindo a inelegibilidade de Tarcísio e a cassação da chapa de Nunes.
4. O TRE-SP confirmou as alegações de Tarcísio?
Não. O Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo afirmou não ter recebido qualquer relatório confirmando as declarações do governador.
5. Qual o impacto dessa polêmica nas eleições?
As declarações de Tarcísio geraram repercussão e levaram a pedidos de intervenção judicial, mas ainda não se sabe o impacto efetivo no resultado eleitoral.
