Funcionários do MetrôRio e RioTrilhos denunciam condições de trabalho

O Sindicato dos Trabalhadores Metroviários do Estado pediu a intervenção do Ministério Público do Rio (MP-RJ) no processo de reestruturação da Companhia de Transportes sobre Trilhos (RioTrilhos) durante a reunião pública da Comissão de Trabalho da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) realizada nesta segunda-feira (19/03).

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” É lamentável o processo de reestruturação da RioTrilhos. Não tem como demitir funcionários cedidos, suprimir os direitos e contratar outros. Precisamos contratar mas precisamos cuidar dos contratados também. Não tem que ter tratamento diferenciado”, disse o deputado Paulo Ramos (PDT), que preside a comissão.

Durante o encontro também foram discutidos diversos outros temas como assédio moral, insalubridade nos ambientes de trabalho, falta de segurança e ausência de reajuste salarial. “Vamos também pedir ao Ministério Público do Trabalho uma auditoria no Metrô Rio e uma apuração das responsabilidades da RioTrilhos para ver como é o ambiente de trabalho”, disse Paulo Ramos.

Para Elias Jose Alfredo, presidente do Sindicato dos Trabalhadores Metroviários do Rio de Janeiro, os funcionários atravessam dificuldades há bastante tempo. “Estamos sem reajuste salarial há 13 anos. O projeto de restruturação da empresa estatal traz consequências graves para nós, como retirada de direitos trabalhistas”, disse.

“Cerca de 50 funcionários foram cedidos pela RioTrilhos para a Agetransp. A gente descobriu aqui na Alerj que o contrato de cooperação técnica acaba em abril e que a RioTrilhos não tem interesse em renová-lo”, disse o deputado Geraldo Moreira (Pode), um dos integrantes da comissão. “Na prática, é acabar com a cooperação técnica e com a fiscalização nas barcas e no metrô. O fim dessa cooperação pode colocar em risco a segurança dos usuários destes meios de transportes”, completou o parlamentar.