Brasília – A presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, criticou neste sábado (7) a proposta de anistia defendida pelo ex-presidente Jair Bolsonaro para os envolvidos nos atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023.
Após a reunião do Diretório Nacional do partido, Gleisi afirmou que o Brasil não pode tolerar a impunidade e que é necessário punir os responsáveis pela tentativa de golpe.
Bolsonaro, em declarações feitas em novembro, sugeriu que a anistia ajudaria na “pacificação do Brasil”. No entanto, Gleisi classificou a proposta como inaceitável, ressaltando que os atos foram graves e planejados para desestabilizar a democracia.
Gleisi reforça posição contra a anistia
Durante sua fala, Gleisi destacou que “quem não respeita a democracia precisa responder por seus atos”. Ela também lembrou a tentativa de golpe militar de 1964, apontando que a falta de punição na época incentivou ações antidemocráticas no futuro.
A presidente do PT afirmou que o país não pode permitir que os responsáveis pelos ataques ao Supremo Tribunal Federal (STF) e ao Congresso Nacional fiquem livres de sanções. “Estamos falando de atos que colocaram em risco a integridade das instituições democráticas”, disse.
Proposta de Bolsonaro gera polêmica
Bolsonaro havia sugerido que tanto o ministro do STF Alexandre de Moraes quanto o presidente Luiz Inácio Lula da Silva adotassem a anistia como um gesto para unificar o país. A declaração, no entanto, foi criticada por setores da sociedade e da política, que alegam que a medida seria um retrocesso no combate à violência política.
O ex-presidente também enfrentou críticas de aliados de Lula, que afirmam que a pacificação deve ser buscada por meio da aplicação da justiça, e não por meio de concessões que comprometam os princípios democráticos.
Entenda o caso: Proposta de anistia e críticas de Gleisi Hoffmann
- Ataques de 8 de janeiro: Manifestantes invadiram o STF, Congresso e Planalto em ato antidemocrático.
- Proposta de anistia: Bolsonaro sugeriu medida como forma de pacificar o país.
- Rejeição do PT: Gleisi Hoffmann afirmou que não é possível tolerar impunidade.
- Contexto histórico: Hoffmann comparou a situação com o golpe de 1964 e sua falta de punições.
- Posição de Lula: Governo defende responsabilização e justiça para os envolvidos.