Brasília – O procurador-geral da República, Paulo Gonet, declarou que levará o tema ao Supremo Tribunal Federal (STF) caso o Congresso Nacional avance com o projeto de anistia relacionado ao 8 de Janeiro.
Gonet destacou que a medida viola a Constituição porque crimes contra o Estado Democrático de Direito não podem ser perdoados.
O projeto, inicialmente voltado para condenados pelos atos de 8 de janeiro, pode incluir também o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
A possibilidade foi confirmada por seu filho, o senador Flávio Bolsonaro (PL), em entrevista concedida em outubro.
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Tensão política após atentado no STF
A tramitação do projeto de anistia perdeu força após o atentado ocorrido no dia 13 de novembro. Na ocasião, um homem tentou entrar no prédio do STF carregando explosivos, mas foi contido. Logo em seguida, ele tirou a própria vida no local.
O episódio gerou ainda mais tensões políticas e afastou temporariamente o debate sobre o perdão aos envolvidos nos atos antidemocráticos.
Impactos e preocupações sobre a anistia
Especialistas alertam que a tentativa de anistiar os envolvidos nos eventos do 8 de Janeiro pode causar impunidade e enfraquecer a democracia brasileira. A inclusão de figuras políticas importantes, como Jair Bolsonaro, aumenta o debate e gera divergências no meio jurídico e político.
Além disso, setores contrários ao projeto argumentam que ele pode criar precedentes perigosos ao flexibilizar punições para crimes que ameaçam a ordem democrática.
O posicionamento de Paulo Gonet
Paulo Gonet deixou claro que considera a proposta inconstitucional. Segundo ele, o Estado Democrático de Direito deve ser preservado, e a legislação brasileira não permite perdão para tentativas de golpe de Estado ou crimes que atentam contra a democracia.
Entenda o caso: a anistia aos crimes do 8 de Janeiro
- O que é o projeto? Propõe anistia aos condenados pelos atos de 8 de Janeiro.
- Quem pode ser beneficiado? Além dos envolvidos nos atos, Jair Bolsonaro pode ser favorecido.
- Por que gera controvérsias? A medida levanta questões sobre impunidade e riscos à democracia.
- O que diz Paulo Gonet? O procurador-geral ameaça acionar o STF por considerar o projeto inconstitucional.
- O que aconteceu em novembro? A tentativa de atentado no STF aumentou as tensões e paralisou o debate.