Brasília – O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), ainda não definiu uma data para a votação do projeto de lei que equipara o aborto ao crime de homicídio simples. Fontes afirmam que o líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), conseguiu um acordo para adiar a votação.
O que você precisa saber
- Indefinição: A data para votar o projeto de lei que equipara o aborto ao crime de homicídio simples ainda não foi definida.
- Acordo: José Guimarães, líder do governo na Câmara, conseguiu adiar a votação.
- Contexto: A decisão visa desvincular o debate do contexto eleitoral e ganhar tempo para mobilizar a sociedade.
Acordo para adiar a votação
Arthur Lira, presidente da Câmara dos Deputados, ainda não definiu uma data para a votação do projeto de lei que equipara o aborto ao crime de homicídio simples. De acordo com fontes, o líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), conseguiu um acordo com outras lideranças para deixar a votação indefinida.
Estratégia política
A decisão de adiar a votação visa desvincular o debate do contexto eleitoral, postergando a discussão para após as eleições municipais. Além disso, o objetivo é ganhar tempo para mobilizar a sociedade e possibilitar alterações no texto do projeto.
Desconfiança sobre o acordo
Apesar do acordo, há desconfiança sobre o cumprimento da promessa por parte de Lira. Mesmo com os apelos dos governistas, ele pautou a votação da urgência do projeto de lei, que foi aprovada de forma simbólica e rápida na última quarta-feira (12). Com a urgência aprovada, o texto não precisará passar pelas comissões temáticas antes de ser discutido no plenário, acelerando sua análise.
Reações
A deputada Maria do Rosário (PT-RS) criticou o projeto, afirmando que ele é violento para com crianças e mulheres vítimas de violência. “Nosso trabalho é mostrar ao presidente da Câmara que o PL aprofunda a dor e a tragédia na vida das vítimas para fazer uma disputa política,” disse à CNN.
Pressão da oposição
A oposição se prepara para cobrar de Lira o cumprimento de promessas de campanha relacionadas à sua recondução à Câmara em 2023. O autor do projeto, deputado bolsonarista Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), afirmou à CNN que espera ver o texto votado no plenário em até duas semanas. Segundo ele, Lira se comprometeu a levar as pautas de costumes à votação, em aceno às bancadas conservadoras.
