Guilherme Boulos detona Kim Kataguiri e Carla Zambelli no Conselho de Ética

Deputado defende Glauber Braga e acusa MBL de perseguição política

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Guilherme Boulos durante sessão do Conselho de Ética. Foto: reprodução

Brasília – Durante a sessão do Conselho de Ética da Câmara dos Deputados nesta quarta-feira (9), o deputado Guilherme Boulos (PSOL-SP) defendeu seu colega de partido, Glauber Braga (PSOL-RJ), e fez duras críticas a nomes da direita, como Kim Kataguiri (União Brasil-SP) e Carla Zambelli (PL-SP).

Boulos acusou os parlamentares e influenciadores ligados ao Movimento Brasil Livre (MBL) de atuarem com “banditismo” e disse que a tentativa de cassação de Glauber seria uma forma de “perseguição por ideologia”.

Acusação contra Glauber Braga motiva sessão

O caso envolve um episódio ocorrido em abril de 2024. Segundo Glauber, o influenciador Gabriel Costenaro, ligado ao MBL, o teria ofendido nas dependências da Câmara, inclusive com ataques à sua mãe, que estava gravemente doente e morreu dias depois.

A discussão terminou com o deputado retirando Costenaro do local com empurrões e um chute. O caso levou à abertura de um processo no Conselho de Ética, com pedido de cassação de seu mandato.

Boulos aponta incoerência na cobrança ética

Boulos afirmou que há contradição na atuação do Conselho. Ele criticou Kim Kataguiri, por, segundo ele, não ter explicado o pagamento de R$ 50 mil em dinheiro vivo a uma empresa.

“É curioso ver o deputado Kim querendo dar aula de moralidade pública”, declarou. Ele lembrou que o parlamentar segue com mandato e não enfrenta processo no Conselho.

Casos de Zambelli e Brazão também foram citados

Além de Kataguiri, Boulos mencionou Carla Zambelli, acusada de ameaçar o jornalista Luan Araújo com uma arma, mesmo quando o porte estava proibido. “Ela será presa, mas não está sendo julgada neste Conselho”, afirmou.

Também mencionou Chiquinho Brazão, preso sob acusação de ser um dos mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ). O deputado lembrou que o processo de cassação de Brazão não avançou ao plenário.

Críticas ao relator e alerta sobre imparcialidade

O relator do processo contra Glauber, deputado Paulo Magalhães (PSD-BA), foi acusado por Boulos de já ter agredido um jornalista dentro do Congresso, sem punição.

Portanto, o parlamentar questionou a legitimidade do Conselho. “Hoje, o que se julga aqui é se o Conselho continuará tendo moral para manter isenção política”, disse.

Acusação de perseguição política

Para Boulos, o processo contra Glauber não se sustenta juridicamente. “Cassação por posicionamento político”, afirmou, ao criticar a falta de punições a deputados da direita.

Enfim, ele concluiu sua fala apontando que há um padrão: “Todos esses nomes são da direita. Isso é o que eles têm em comum.”


Cinco pontos para entender o embate no Conselho

  1. Glauber Braga responde a processo por expulsar influenciador do MBL.
  2. Gabriel Costenaro teria ofendido o deputado e sua mãe doente.
  3. Boulos defendeu o colega e acusou Kataguiri de incoerência ética.
  4. Casos envolvendo Zambelli e Brazão não foram julgados pelo Conselho.
  5. PSOL vê a ação como tentativa de cassação por ideologia política.
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Equipe de jornalistas do Jornal DC - Diário Carioca