O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, enfrentou uma bateria de provocações de parlamentares bolsonaristas nesta quarta-feira (24), durante audiência pública na Comissão de Agricultura da Câmara.
A reunião, que deveria tratar do plano safra e das medidas de socorro ao Rio Grande do Sul, virou palco de ataques pessoais e disputas políticas.
O deputado Delegado Caveira (PL-PA) abriu os embates chamando o ministro de “Taxad”, em referência às medidas de aumento de impostos. Haddad devolveu:
“Pode usar esse apelido à vontade, desde que seja para falar da taxação de apostas, super ricos e bancos. Para isentar quem Bolsonaro cobrou, use à vontade.”
O ministro também lembrou a condução da pandemia pelo ex-presidente, que chamou de “vergonha política”.
Confrontos na comissão
Ao insistir nas críticas, Caveira voltou a falar em aumento da carga tributária e chamou o presidente Lula (PT) de “descondenado”. Interrompido por colegas, mandou que “calassem a boca”. Haddad retrucou afirmando que a maior carga tributária foi registrada durante o governo Bolsonaro, sem revisão do Imposto de Renda.
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O ministro ainda responsabilizou o deputado por omissão na pandemia:
“O senhor é culpado por omissão em relação às mortes da pandemia e ao déficit fiscal. Mais de 700 mil brasileiros morreram.”
Já o deputado Evair Vieira de Melo (PP-ES) ironizou a participação de Lula na ONU, lembrando que até trump/" title="Mais notícias sobre donald trump">Donald Trump o elogiou. Haddad respondeu que o petista não precisa de lições de diplomacia:
“Lula fala com quem quiser. Eu não vi o seu presidente cumprimentar um chefe de Estado, a não ser de forma vergonhosa para dizer ‘I love you’ ao presidente dos Estados Unidos.”
Em outro momento, a deputada Julia Zanatta (PL-SC) insinuou que Haddad só pensa em impostos e não teria tempo para a própria esposa. O ministro pediu que sua vida pessoal não fosse usada em ataques políticos.



