Brasília – Uma manifestação de indígenas ligados ao Acampamento Terra Livre 2025 terminou em confronto com a Polícia Legislativa em frente ao Congresso Nacional nesta quarta-feira (10). Os agentes usaram bombas de gás lacrimogêneo para conter os manifestantes, e vários indígenas precisaram de atendimento médico.
O protesto ocorreu após o grupo deixar uma mobilização anterior no Ministério da Saúde. Os participantes caminharam até o Congresso para reforçar pautas como a demarcação de terras indígenas e o respeito aos direitos constitucionais dos povos originários.
Mobilização indígena reúne milhares em Brasília
A manifestação faz parte do Acampamento Terra Livre (ATL) 2025, maior mobilização indígena do país. Segundo a Apib (Articulação dos Povos Indígenas do Brasil), cerca de 8 mil pessoas de várias etnias participam do evento neste ano.
O ATL ocorre anualmente na capital federal e tem como objetivo fortalecer a articulação política dos povos indígenas. As reivindicações principais incluem demarcação de terras, acesso à saúde, educação diferenciada e respeito aos direitos constitucionais.
Confronto com bombas de gás lacrimogêneo
O confronto aconteceu no início da noite, quando os manifestantes chegaram à entrada do Congresso Nacional. Segundo relatos, houve um avanço do grupo em direção ao prédio, o que motivou a reação da Polícia Legislativa com uso de gás.
Diversos indígenas passaram mal por causa da fumaça e precisaram de ajuda médica. O Corpo de Bombeiros do Distrito Federal prestou os primeiros atendimentos no local.
Reação das lideranças indígenas
A Apib repudiou o uso da força contra os manifestantes e reforçou que a mobilização é pacífica e tem caráter democrático. As lideranças indígenas destacaram que o espaço é de resistência e busca por diálogo com os poderes públicos.
Entenda
- Indígenas participam do Acampamento Terra Livre em Brasília.
- Manifestação se deslocou do Ministério da Saúde ao Congresso.
- Polícia Legislativa usou bombas de gás para conter o grupo.
- Vários indígenas receberam atendimento médico no local.
- Acampamento defende demarcação de terras e direitos básicos.