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segunda-feira, janeiro 27, 2025
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Jair Bolsonaro, PGR e Mauro Cid: Denúncia de golpe pode estar próxima

Brasília – O entorno do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) está em alerta enquanto a Procuradoria-Geral da República (PGR) avança na análise de uma possível denúncia por tentativa de golpe de Estado. Segundo o colunista Lauro Jardim, do Globo, o procurador-geral Paulo Gonet intensificou os trabalhos, incluindo feriados, gerando expectativa de que uma decisão seja anunciada em breve.

A delação de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, surge como ponto central. Ele revelou bastidores da articulação golpista, incluindo tentativas de contestar a eleição e nomes de aliados envolvidos.


PGR analisa denúncia

A Procuradoria-Geral da República está diante de um inquérito sensível envolvendo o ex-presidente Jair Bolsonaro e possíveis aliados em uma suposta tentativa de golpe após o segundo turno das eleições de 2022. A delação de Mauro Cid, que ocorreu em agosto de 2023, revelou que Bolsonaro teria avaliado duas estratégias para reverter o resultado: questionar fraudes nas urnas ou mobilizar as Forças Armadas.

Além disso, o depoimento cita figuras importantes, como a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro e o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), como parte de um grupo mais radical que incentivava ações contra a democracia.


Relatório robusto da PF

A Polícia Federal (PF) já elaborou um relatório de mais de 800 páginas detalhando os supostos envolvidos na trama. O documento indicia Bolsonaro e outras 36 pessoas. Cabe agora à PGR decidir os próximos passos, que podem incluir a apresentação formal da denúncia ou novas diligências.


Divisão de grupos no governo

O depoimento de Mauro Cid também delineou como Bolsonaro interagia com diferentes grupos. Ele destacou:

  • Grupo conservador: Aconselhava a aceitação do resultado eleitoral e posicionamento como oposição.
  • Grupo moderado: Incluía generais que acreditavam que ações contrárias ao resultado seriam ilegais.
  • Grupo radical: Dividido entre aqueles que buscavam fraudes nas urnas e os que defendiam um golpe armado.

Entre os moderados, generais como Freire Gomes e Paulo Sérgio se opuseram firmemente às ideias golpistas. Já o almirante Garnier, da Marinha, teria se mostrado mais inclinado à intervenção, desde que contasse com apoio do Exército.


Documento polêmico

Um documento apresentado por Felipe Martins, ex-assessor internacional de Bolsonaro, detalhava ações golpistas, incluindo prisões de ministros do STF e novas eleições. O ex-presidente teria revisado as propostas, mas as apresentou aos comandantes das Forças Armadas para avaliar reações.

O comandante da Aeronáutica, Brigadeiro Batista Junior, rejeitou categoricamente qualquer golpe. Já o general Freire Gomes alertou sobre as consequências de um regime autoritário, considerando o cenário como “romantização” do artigo 142 da Constituição.


Entenda a possível denúncia da PGR

  • Investigados: Jair Bolsonaro e aliados.
  • Base: Relatório da Polícia Federal com 800 páginas.
  • Depoimento-chave: Tenente-coronel Mauro Cid.
  • Acusações: Tentativa de golpe, ataques às instituições e fraude eleitoral.
  • Próximos passos: Decisão da PGR sobre formalização da denúncia ou arquivamento.

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