Brasília – O ex-presidente Jair Bolsonaro e o presidente do Partido Liberal (PL), Valdemar Costa Neto, têm conversado mesmo com a proibição imposta pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
A declaração foi feita pelo governador de Santa Catarina, Jorginho Mello, em entrevista ao programa “Direto ao Ponto”, da Jovem Pan.
Jorginho revelou que ambos permanecem próximos no diretório nacional do PL, em Brasília, ocupando salas separadas por 200 metros. Segundo ele, os líderes partidários estão “amargurados” com a decisão judicial.
Decisão do STF mantém restrição
A proibição de contato entre Bolsonaro e Valdemar foi determinada em fevereiro de 2024, após o dirigente do PL ser preso por posse ilegal de arma de fogo durante uma operação da Polícia Federal. A medida integra as investigações sobre a suposta trama golpista.
As defesas de ambos pediram o fim da restrição ao STF, mas o ministro Alexandre de Moraes rejeitou o pedido. A Procuradoria-Geral da República (PGR) também recomendou a manutenção da medida cautelar.
Jorginho Mello defende diálogo entre os líderes
Em sua fala, o governador Jorginho Mello destacou a relação de proximidade entre os dois políticos. “O nosso presidente Valdemar conversa muito com o presidente Bolsonaro, que é o presidente de honra. Espero que daqui a pouquinho eles possam conversar na mesma sala para se ajudar ainda mais”, afirmou.
Apesar da proibição, a convivência entre os dois líderes no diretório do PL em Brasília tem gerado debates. Ambos participaram de eventos políticos, como a convenção do prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), em agosto de 2024, mesmo com a restrição vigente.
Pedido negado para contato em ocasiões específicas
A proibição foi tema de discussão em duas ocasiões na Corte. Em agosto de 2024, Bolsonaro e Valdemar estiveram juntos na convenção de Ricardo Nunes, e, posteriormente, o ex-presidente solicitou autorização para participar do velório da mãe de Valdemar. Em ambas as situações, o STF manteve a decisão.
Entenda a proibição entre Bolsonaro e Valdemar
- Motivo da proibição: Decisão do STF após prisão de Valdemar Costa Neto em fevereiro de 2024.
- Contexto jurídico: Medida integra investigações de suposta trama golpista.
- Negativa do STF: Alexandre de Moraes rejeitou pedidos de flexibilização.
- Posição da PGR: Manifestação a favor da manutenção da medida cautelar.
- Eventos relevantes: Convenção de Ricardo Nunes e velório da mãe de Valdemar.