Judias e Judeus Pela Democracia condena silêncio da Conib diante de gesto nazista de Musk

Coletivo condena omissão

Redacao
Por Redacao
3 Min Read

São Paulo – O coletivo Judias e Judeus Pela Democracia emitiu uma nota criticando a Confederação Israelita do Brasil (Conib) por seu silêncio diante do gesto nazista feito pelo empresário Elon Musk. O grupo afirma que a omissão enfraquece a luta contra o antissemitismo.

A declaração destaca que o antissemitismo não deve ser usado como ferramenta de disputa ideológica. O coletivo enfatiza que a proteção dos judeus e o combate ao preconceito não podem ser subordinados a interesses políticos.

Crítica à instrumentalização do preconceito

O grupo condena qualquer tentativa de usar o antissemitismo para servir a agendas políticas específicas. Eles argumentam que isso desvia o foco da luta contra o ódio e enfraquece a democracia.

Portanto, o coletivo expressa desapontamento com instituições judaicas que permanecem em silêncio diante de manifestações antissemitas de figuras proeminentes. Enfim, eles afirmam que essa omissão demonstra uma denúncia seletiva do ódio.

Posicionamento sobre o antissemitismo

O coletivo reforça que não existe “antissemitismo de esquerda” ou “antissemitismo de direita”. Contudo, eles afirmam que há apenas antissemitismo, uma forma de ódio que deve ser condenada independentemente de sua origem.

Porque o antissemitismo atravessa espectros políticos, o grupo defende que sua condenação deve ser inequívoca. Exemplo disso é a crítica à Conib por seu silêncio em relação ao gesto de Musk.

Do coletivo Judias e Judeus Pela Democracia:

Não podemos tolerar que o antissemitismo seja utilizado como ferramenta de disputa ideológica. A proteção dos judeus e a construção de uma sociedade livre de preconceitos não podem ser negociadas ou subordinadas a interesses de poder.

Não existe “antissemitismo de esquerda” ou “antissemitismo de direita” — há apenas antissemitismo, uma forma de ódio que atravessa os espectros políticos e deve ser condenada de maneira inequívoca, independentemente de sua origem.

Qualquer tentativa de instrumentalizar esse preconceito para servir a agendas políticas específicas é não apenas inaceitável, mas também perigosa, pois desvia o foco da luta contra o ódio, enfraquece a democracia e pouco protege judeus e qualquer outra minoria.

É lamentável observar setores institucionais judaicos, como a Conib, que deveriam zelar pela segurança e dignidade dos judeus, permanecerem em silêncio ou até negarem manifestações antissemitas e neonazistas quando estas provêm de figuras como Elon Musk ou políticos de direita, em um claro alinhamento com o poder.

Essa omissão enfraquece a luta contra o antissemitismo, pois demonstra que a denúncia do ódio é seletiva e pautada por conveniências políticas.

O antissemitismo, o neonazismo e qualquer forma de discriminação não deve jamais ser adjetivado ou relativizado.

Assuntos:
Compartilhe esta notícia