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Justiça concede regime aberto a bolsonarista condenado por tentar explodir aeroporto do DF

George Washington de Oliveira Sousa foi condenado por tentativa de atentado no Aeroporto de Brasília em 2022.

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Equipe de jornalistas do Jornal DC - Diário Carioca

Brasília – A Justiça do Distrito Federal concedeu neste sábado (15) a progressão para o regime aberto de George Washington de Oliveira Sousa, bolsonarista condenado por tentar explodir um caminhão-tanque com 60 mil litros de querosene no Aeroporto de Brasília, na véspera de Natal de 2022. A tentativa de atentado ocorreu no contexto de protestos de apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro após a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas eleições.

O juiz Bruno Aielo Macacari assinou a decisão ao considerar que Sousa atendeu aos requisitos legais para a mudança de regime e não cometeu infrações disciplinares durante o cumprimento da pena. O magistrado também citou a necessidade de reduzir a superlotação no Centro de Internamento e Reeducação (CIR), onde Sousa estava detido em regime semiaberto.


Histórico da condenação

A Justiça condenou George Washington em maio de 2023 a 9 anos e 4 meses de prisão por crimes como exposição de vidas a perigo, incêndio a combustível e porte ilegal de explosivos. Em maio de 2024, ele avançou para o regime semiaberto, conseguindo agora a progressão para regime aberto.

O comparsa Alan Diego dos Santos Rodrigues também recebeu condenação pelo caso.


Tentativa de atentado no Aeroporto de Brasília

A polícia prendeu George Washington em 24 de dezembro de 2022, no mesmo dia em que ele tentou explodir um caminhão-tanque. Durante a operação, agentes encontraram armas e explosivos no apartamento alugado pelo condenado, localizado no Setor Sudoeste, em Brasília.

O explosivo utilizado no atentado foi produzido com emulsões vindas do Pará. Alan Diego foi o responsável por acoplar o dispositivo ao caminhão, que estava estacionado próximo ao aeroporto. Contudo, o ataque falhou devido a problemas técnicos no acionamento da bomba.


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Outro caso: Justiça concede prisão domiciliar a ex-policial

A progressão de George Washington acontece um dia após a Justiça conceder prisão domiciliar ao ex-policial penal Jorge Guaranho, condenado a 20 anos de prisão pelo assassinato do petista Marcelo Arruda. O desembargador Gamaliel Seme Scaff autorizou a mudança de regime com base no estado de saúde do condenado.

Segundo Scaff, Guaranho enfrenta problemas de saúde graves que limitam sua mobilidade. O magistrado usou como base para a decisão a Convenção Americana sobre Direitos Humanos (Pacto de São José da Costa Rica).

A decisão gerou críticas. A presidente do PT, Gleisi Hoffmann, questionou a imparcialidade de Scaff ao lembrar que ele segue figuras bolsonaristas nas redes sociais, como Jair Bolsonaro, Michelle Bolsonaro e os deputados Carla Zambelli e Pastor Marco Feliciano.


Entenda o caso: tentativa de atentado no Aeroporto de Brasília

  • Quem é George Washington de Oliveira Sousa?
    • Bolsonarista condenado por tentar explodir um caminhão-tanque em Brasília em 2022.
  • O que aconteceu no dia do crime?
    • Em 24 de dezembro de 2022, a polícia impediu um atentado próximo ao aeroporto da capital.
  • Quais foram as penas aplicadas?
    • Sousa recebeu 9 anos e 4 meses de prisão; seu comparsa, Alan Diego, também foi condenado.
  • Por que ele conseguiu regime aberto?
    • A Justiça alegou que ele preencheu os requisitos legais e não teve infrações disciplinares.
  • Qual a relação com outros casos?
    • A decisão veio logo após Jorge Guaranho, outro bolsonarista condenado, conseguir prisão domiciliar.

Com informações do DCM

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