Brasília – O deputado federal Lindbergh Farias (PT-RJ) e a bancada do Partido dos Trabalhadores (PT) acionaram a Procuradoria-Geral da República (PGR) contra Eduardo Bolsonaro (PL-SP). No documento, eles solicitam a abertura de uma investigação criminal e a retenção do passaporte do parlamentar, sob a acusação de crimes contra a soberania nacional.
A representação destaca que Eduardo Bolsonaro tem promovido ações no Congresso dos Estados Unidos contra o Supremo Tribunal Federal (STF), especialmente contra o ministro Alexandre de Moraes. Para os petistas, essas ações representam uma tentativa de retaliação ao Brasil e ao Judiciário nacional.
Encontro com parlamentares nos EUA
O documento enviado à PGR enfatiza que Eduardo Bolsonaro se reuniu com congressistas norte-americanos para discutir sanções contra Alexandre de Moraes. O ministro é relator do inquérito sobre a trama golpista que resultou na denúncia da PGR contra Jair Bolsonaro e 33 aliados.
Segundo a bancada do PT, essas movimentações buscam interferir nas investigações em curso no Brasil e pressionar o Judiciário. O partido argumenta que a conduta de Eduardo Bolsonaro representa uma afronta ao STF e à soberania nacional.
Relação com Paulo Figueiredo
A representação também menciona a presença de Paulo Figueiredo, analista político e aliado de Bolsonaro, na viagem. Segundo o documento, ele é um dos investigados na trama golpista e estaria tentando interferir no processo judicial.
O PT pede que a PGR avalie a prisão preventiva de Paulo Figueiredo por tentar constranger juízes e embaraçar a tramitação da ação penal.
Projeto para barrar Moraes nos EUA
Eduardo Bolsonaro também atua para aprovar um projeto de lei no Congresso dos EUA que impediria a entrada de Alexandre de Moraes no país. O Comitê Judiciário da Câmara dos Representantes aprovou a proposta nesta quarta-feira (26), mas ela ainda precisa passar por novas etapas.
A bancada do PT reforça que esse projeto faz parte de uma estratégia para enfraquecer o Judiciário brasileiro e pede medidas urgentes contra Eduardo Bolsonaro.