Repercussão Negativa

Lira adia votação do PL do Aborto para 2º semestre

Arthur Lira anuncia que discussão sobre projeto polêmico será aprofundada a partir de agosto

Presidente da Câmara de Deputados, Arthur Lira (PP-AL) – Reprodução/Câmara de Deputados
Presidente da Câmara de Deputados, Arthur Lira (PP-AL) – Reprodução/Câmara de Deputados

Brasília – O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), informou nesta terça-feira (18) que a proposta que equipara o aborto ao crime de homicídio será debatida novamente no segundo semestre. A decisão segue a repercussão negativa após a aprovação da urgência do projeto.


O que você precisa saber

  • Arthur Lira adiou discussão sobre projeto que equipara aborto a homicídio.
  • Debate será retomado com a formação de uma comissão representativa em agosto.
  • Proposta do deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ) enfrenta forte pressão popular.

Decisão de Arthur Lira

Lira enfatizou a necessidade de um debate amplo antes de levar o tema ao plenário: “Desde o primeiro momento, a praxe desta Casa sempre foi nunca votar um assunto importante sem amplo debate. Todos os assuntos importantes votados foram discutidos e amplamente debatidos com parlamentares, representantes da sociedade civil e lideranças partidárias”.

Contexto da Proposta

A proposta, de autoria do deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), sugere mudanças em quatro artigos do Código Penal. Atos que atualmente não são considerados crimes ou que têm penas de até quatro anos passariam a ser tratados como homicídio simples, com punições de seis a 20 anos de prisão.

Reações Populares

A aprovação da urgência do projeto gerou intensos protestos em várias capitais brasileiras, liderados por movimentos feministas. Manifestantes criticaram a possibilidade de penalização mais severa para mulheres do que para estupradores. Personalidades públicas, como Luciano Huck, também se posicionaram contra a proposta.

Pressão no Congresso

A repercussão negativa influenciou partidos do Centrão a se posicionarem contra a votação do projeto. O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), afirmou que não votaria um pedido de urgência semelhante ao da Câmara, indicando dificuldades para a tramitação da proposta.