Luisa González denuncia risco de morte no Equador

Candidata critica governo Noboa por trocar sua segurança a dois dias da eleição
A candidata à presidência do Equador, Luisa González. - Foto: Reprodução
A candidata à presidência do Equador, Luisa González. - Foto: Reprodução

Quito – A candidata à presidência do Equador, Luisa González, alertou para uma possível ameaça à sua vida a dois dias do segundo turno. Ela acusou o presidente Daniel Noboa de ordenar a troca repentina de sua equipe de segurança militar, mesmo diante de ameaças em investigação.

Em vídeo divulgado nesta sexta-feira (11), González afirmou que a decisão foi tomada sem justificativa oficial. Segundo ela, o novo esquema coloca em risco sua integridade e compromete a segurança do processo eleitoral.

González critica decisão e pede reversão

A candidata do movimento Revolução Cidadã responsabilizou diretamente Noboa, o ministro da Defesa e o comandante das Forças Armadas.

Ela declarou: “Denuncio com total firmeza esta decisão irresponsável, temerária e profundamente perigosa”.

Segundo González, o grupo militar anterior atuava com base em ameaças reais e investigadas pela Promotoria Geral do Estado. Portanto, ela exigiu que esses militares permaneçam até a divulgação oficial do resultado das eleições.

Contexto de violência eleitoral preocupa

O país vive um dos períodos mais violentos de sua história recente. A campanha ocorre sob tensão desde o assassinato de Fernando Villavicencio em 2023.

Mais de 30 políticos, juízes e jornalistas morreram desde então. Apenas nos dois primeiros meses de 2025, o Ministério do Interior registrou mais de 1.500 homicídios — uma média de um por hora.

Esse cenário agravou o clima de insegurança e instabilidade institucional antes do segundo turno.

Organizações populares denunciam ameaças à democracia

Coletivos sociais divulgaram um manifesto criticando o Conselho Nacional Eleitoral (CNE). Eles apontam decisões arbitrárias, como a proibição do uso de celulares nas seções eleitorais.

Segundo os movimentos, essa medida dificulta a fiscalização popular e abre espaço para a desinformação.

Além disso, acusam o Estado de não garantir condições democráticas mínimas para a realização do pleito neste domingo (13).

Noboa ataca adversária e campanha se radicaliza

Daniel Noboa elevou o tom nos últimos dias. Em publicações na rede X (antigo Twitter), ele relacionou Luisa González e o governo da Venezuela ao narcotráfico.

As falas ocorreram após críticas à presença de Erik Prince no país. Prince é fundador da empresa Blackwater, envolvida em escândalos internacionais por violações de direitos humanos.

Para González, a chegada de Prince é uma afronta às Forças Armadas do Equador. Ela propõe uma política de segurança com reforço policial e ações sociais para evitar o recrutamento de jovens por facções criminosas.

Entenda

  1. Luisa González denunciou troca em sua segurança dois dias antes da eleição.
  2. Daniel Noboa foi acusado de ordenar a mudança sem justificativa.
  3. O Equador vive um cenário de violência, com 1.500 homicídios em dois meses.
  4. Organizações populares denunciam medidas do CNE que prejudicam a fiscalização.
  5. O segundo turno ocorrerá neste domingo (13) em clima de tensão e polarização

Redacao

Equipe de jornalistas do Jornal DC - Diário Carioca

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