Plano Safra 2024/2025

Lula acusa banqueiros de tomarem terras de produtores rurais

Presidente afirma que bancos, e não o MST, estão tomando terras dos agricultores

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) – Reprodução
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) – Reprodução

Brasília – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva declarou nesta quinta-feira (4) que os banqueiros estão tomando as terras dos produtores rurais no Brasil, e não o MST.

A afirmação ocorreu durante uma cerimônia de entrega de obras de transporte em Campinas (SP).O que você precisa saber:

  • Lula acusa bancos de tomarem terras de produtores rurais
  • Declaração ocorreu após lançamento do Plano Safra 2024/2025
  • Plano Safra prevê R$ 400,5 bilhões para o agronegócio
  • Lula busca aproximação com o setor agro
https://twitter.com/i/broadcasts/1ynKOyMrqprJR

O que aconteceu?

Lula afirmou que os bancos estão tomando terras dos produtores rurais que possuem dívidas agrárias. Ele destacou que os bancos compram os títulos de dívida e, quando não pagos, tomam as terras dos devedores. “Não é mais o João Pedro Stédile [líder do MST], são os presidentes dos bancos que estão tomando terra”, disse Lula.

Plano Safra 2024/2025

O presidente fez a declaração um dia após o lançamento do Plano Safra 2024/2025, que prevê um valor recorde de R$ 400,5 bilhões. O programa visa financiar a agricultura e pecuária empresarial no país. Lula chamou o plano de “programa do agronegócio” e destacou a presença dos maiores representantes do setor no lançamento.

Relação com o agronegócio

Lula reconheceu que os empresários do agro não gostam do PT por conta do MST, mas enfatizou que seu governo fez um Plano Safra maior do que qualquer outro presidente. Ele afirmou que não governa ideologicamente e que não perguntará em quem um empresário votou. “Não precisa gostar de mim. Eu certamente vou gostar de vocês, porque não desprezo possíveis eleitores”, disse Lula.

Reação do mercado financeiro

A fala de Lula sobre os banqueiros veio após o mercado financeiro aliviar as apostas de um risco fiscal elevado no país. Isso elevou as taxas dos contratos de juros futuros e provocou uma alta do dólar, que chegou a R$ 5,70 na terça-feira (2), mas recuou para R$ 5,50 após sinalizações positivas da atual gestão.