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Lula convoca reforma da ONU em discurso para a Cúpula do Futuro

Presidente do Brasil reforça necessidade de mudanças na governança global e defende inclusão de países em desenvolvimento.

Nova York – O presidente do Brasil, Lula, fez um apelo durante a preparação para a Cúpula do Futuro, destacando que a ONU precisa de uma reforma estrutural.

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Em seu discurso, ele afirmou que as instituições criadas em 1945 já não refletem a realidade atual e que mudanças são urgentes para tornar a governança global mais inclusiva.

Diário Carioca Google Notícias

Resumo da Notícia

O presidente Lula convocou líderes globais a promoverem mudanças na ONU e em outras instituições internacionais, como o Banco Mundial e o FMI, durante a Cúpula do Futuro em Nova York. Lula afirmou que as estruturas criadas em 1945 já não atendem às necessidades contemporâneas e pediu por uma maior participação de países em desenvolvimento nos organismos internacionais, além de reforçar a urgência de ações efetivas para enfrentar a fome e as mudanças climáticas.


O discurso de Lula

Durante seu discurso, o presidente Lula ressaltou que o sistema global de governança precisa passar por uma renovação para atender às demandas do mundo atual. Ele defendeu que as instituições internacionais, como a ONU, o Banco Mundial e o FMI, devem ser reformadas para refletir a realidade e as necessidades dos países em desenvolvimento.

Segundo o presidente, o debate sobre a reforma da governança global tem sido discutido há mais de 20 anos, mas, até agora, pouca ação foi tomada. Lula destacou que a presidência do Brasil no G20 está impulsionando essas mudanças e que a Cúpula do Futuro é o fórum ideal para concretizar as reformas necessárias.


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Propostas para a reforma da ONU

Lula defendeu a expansão do Conselho de Segurança da ONU, tanto na categoria de membros permanentes quanto de não permanentes, para incluir uma maior diversidade de nações. O presidente também ressaltou a importância de dar mais espaço aos países em desenvolvimento nos principais organismos financeiros internacionais, como o Banco Mundial e o FMI.

Além disso, Lula propôs a criação da Aliança Global contra a Fome, que será lançada durante o G20 e estará aberta a todos os países membros da ONU. Essa iniciativa visa combater a fome no mundo por meio de esforços conjuntos entre as nações.


Leia o pronunciamento do Presidente Lula

Amigos e amigas,

Dentro de poucos dias, nos encontraremos em Nova York na Cúpula do Futuro.

Agradeço ao Chanceler Olaf Scholz e ao Presidente Nangolo Mbumba por terem nos conduzido ao longo desse caminho, com Alemanha e Namíbia como facilitadores do Pacto para o Futuro.

Desde a Segunda Guerra Mundial, o multilateralismo rendeu muitos frutos.

É impossível explicar o que se passou nas últimas oito décadas sem aludir ao papel da ONU e das instituições de Bretton Woods.

Ou sem recorrer a conceitos como descolonização, desarmamento, direitos humanos e desenvolvimento sustentável.

No entanto, assim como acontece com qualquer criança que cresce e amadurece, as roupas que vestimos em 1945 já não nos cabem mais.

Há mais de vinte anos temos falado sobre a reforma da governança global.

Estamos correndo em círculos.

Chegou a hora de agir.

O Brasil está dando novo impulso à reforma da governança global na sua presidência do G20.

Mas esse debate também precisa ser travado na ONU, o fórum mais inclusivo de todos.

Gostaríamos que todos fossem à Cúpula do Futuro com a ambição de promover reformas efetivas.

O Conselho de Segurança precisa ampliar sua composição nas duas categorias de membros, permanentes e não permanentes.

O cumprimento das metas de desenvolvimento sustentável requer que o Banco Mundial e o FMI atendam melhor as necessidades do Sul Global.

Isso só ocorrerá se os países em desenvolvimento tiverem maior espaços nesses organismos.

O enfrentamento da mudança do clima demanda órgãos com autoridade para promover a implementação dos compromissos assumidos.

A Aliança Global contra a Fome, que lançaremos no G20, estará aberta a todos os países da ONU.

Ela nasce da vontade política e do espírito de solidariedade de enfrentar essa chaga que ainda assombra a humanidade.

Precisamos legar para as gerações futuras um sistema multilateral renovado, legítimo e eficaz.

Muito obrigado.

Perguntas Frequentes

Por que Lula defende a reforma da ONU?
Lula acredita que as instituições criadas em 1945 não atendem mais às necessidades atuais e que a ONU precisa de reformas para refletir a realidade global e incluir mais países em desenvolvimento na tomada de decisões.

O que é a Aliança Global contra a Fome?
É uma iniciativa proposta por Lula durante a presidência do Brasil no G20, que tem como objetivo unir nações em um esforço global para combater a fome.

Quais instituições Lula sugere reformar?
Além da ONU, Lula defende a reforma do Banco Mundial e do FMI, com a inclusão de mais espaço para países do Sul Global.

O que Lula espera da Cúpula do Futuro?
Ele espera que a cúpula sirva como um fórum para promover reformas efetivas nas instituições globais, tornando-as mais inclusivas e legítimas.