São Paulo, 14/10/2025 – Em meio à queda da popularidade do bolsonarismo e à inelegibilidade de Jair Bolsonaro para as eleições de 2026, aliados da extrema direita lançam uma teoria sem base concreta para negar o favoritismo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas pesquisas eleitorais, segundo reportagem de Bela Megale no jornal O Globo.
A tese é a de que Lula teria atingido um “teto” de aprovação, desacelerando seu crescimento, algo que contradiz os dados recentes dos institutos de pesquisa.
Avanço comprovado nas pesquisas
Pesquisas de outubro realizadas por institutos ligados a partidos de direita apontam um avanço de cerca de cinco pontos percentuais na aprovação de Lula — uma das maiores recuperações já registradas nesses grupos políticos. O presidente aparece isolado e à frente em todos os cenários para a disputa presidencial, com uma aprovação em torno de 48%, enquanto sua desaprovação caiu para 49%, empate técnico dentro da margem de erro.
Em contraste, a rejeição dos representantes do bolsonarismo é significativamente maior: Eduardo Bolsonaro tem 68% de rejeição, Jair Bolsonaro 63%, e Michelle Bolsonaro 61%, segundo os levantamentos. A tentativa de equiparar os índices de Lula aos da família Bolsonaro é uma distorção dos dados.
Tarcísio de Freitas e o desgaste na oposição
Outra aposta da extrema direita é usar o governador paulista Tarcísio de Freitas (Republicanos) como candidato alternativo para a oposição. No entanto, a rejeição de Tarcísio subiu de 32% para 40% nos últimos seis meses, além de ainda ser considerado “desconhecido” por um terço dos brasileiros. A expectativa é de que, ao se aproximar do bolsonarismo, ele herde parte da rejeição elevada desse grupo.
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Contexto da recuperação de Lula
Desde julho, a popularidade do presidente cresceu, impulsionada pela reação ao tarifaço imposto pelo governo Donald Trump sobre produtos brasileiros. O embate fortaleceu a imagem de Lula como defensor da soberania nacional e dos trabalhadores, ampliando sua base inclusive entre ricos e eleitores da classe média.
Mesmo diante da rejeição alta, Lula é o claro favorito, reconhecido inclusive por seus adversários, o que desmonta narrativas pessimistas e teorias conspiratórias da extrema direita.



