O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou na abertura oficial da COP30, em Belém, que o evento é uma oportunidade para derrotar os negacionistas da crise climática e promover a verdade científica diante da desinformação global.
Na abertura da 30ª Conferência do Clima da ONU (COP30), realizada pela primeira vez na região amazônica, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva enfatizou o caráter simbólico e político do evento. Ele destacou o desafio de realizar a conferência em Belém, localizada na Amazônia, região que reúne questões ambientais cruciais e enfrenta problemas socioambientais complexos.
Lula apontou para a importância de “impor nova derrota aos negacionistas”, criticando a disseminação de desinformação e o obscurantismo que desafiam as evidências científicas e normas do multilateralismo. “A mudança do clima não é uma ameaça do futuro, mas uma tragédia do presente”, discursou. Ele reforçou que a COP30 será “a COP da verdade”, momento para reafirmar o compromisso com a ciência e o combate às fake news que prejudicam as políticas ambientais.
O presidente também condenou os elevados gastos militares em detrimento de investimentos no meio ambiente. Segundo ele, seria muito mais barato investir um bilhão de dólares para resolver a crise climática do que os trilhões gastos em guerras no ano passado. Essa comparação crítica realça a urgência da mudança de prioridades globais.
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Outro ponto levantado por Lula foi o combate ao racismo ambiental, ressaltando que populações vulneráveis sofrem os piores impactos da crise climática, exigindo políticas específicas para a proteção desses grupos.
Participam da COP30 cerca de 50 mil pessoas, entre diplomatas, ativistas, líderes políticos e representantes da iniciativa privada, reforçando a importância da conferência para acelerar a transição energética, ampliar o financiamento climático e proteger as florestas tropicais, metas destacadas na recente Cúpula de Líderes.
Destaques do Discurso de Lula na COP30
- Realização histórica da COP na Amazônia, palco de desafios ambientais.
- Combate à desinformação e “obscurantismo” no debate climático.
- Comparação crítica dos gastos militares versus investimentos ambientais.
- Enfoque no racismo ambiental e proteção das populações vulneráveis.
- Avaliação do evento como chance decisiva para ação global efetiva.
Essas declarações reafirmam o posicionamento firme do governo brasileiro na defesa do meio ambiente e da ciência, buscando mobilizar esforços nacionais e internacionais para enfrentar a crise climática de forma justa e efetiva



