Brasília, 20 de dezembro – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva garantiu que o governo respeitará a autonomia do Banco Central (BC) durante o mandato de Gabriel Galípolo, que assume a presidência da instituição em 1º de janeiro. Lula declarou que não haverá interferência política e destacou a confiança em Galípolo como essencial para a estabilidade econômica.
Em vídeo divulgado nas redes sociais, Lula reforçou que o combate à inflação e a proteção ao poder de compra das famílias são prioridades do governo. Ao lado de ministros como Fernando Haddad, Simone Tebet e Rui Costa, ele ressaltou o compromisso com a nova regra fiscal.
Gestão com autonomia e estabilidade
Lula assegurou que Galípolo terá total autonomia para conduzir o BC, marcando uma gestão independente. Ele afirmou:
“Jamais haverá da parte da Presidência qualquer interferência no trabalho que você tem que fazer no Banco Central.”
Com mandato de quatro anos, Galípolo substituirá Roberto Campos Neto, que ocupava o cargo desde a indicação do ex-presidente Jair Bolsonaro. Além de supervisionar o sistema financeiro, o novo presidente do BC terá a missão de definir a política monetária do país.
Novo foco no combate à inflação
O presidente destacou a importância de combater a inflação para proteger as famílias brasileiras:
“Tomamos as medidas necessárias para proteger a nova regra fiscal e seguiremos atentos à necessidade de novas ações.”
Histórico de críticas à gestão anterior
Durante o último ano, Lula criticou a presidência de Campos Neto, especialmente devido à manutenção da taxa Selic em níveis elevados. Na semana passada, o Copom (Comitê de Política Monetária) aumentou a taxa básica de juros para 12,25%, citando alta do dólar e incertezas econômicas globais como justificativas.
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O perfil de Gabriel Galípolo
Economista experiente no setor público e privado, Gabriel Galípolo foi secretário-executivo do Ministério da Fazenda em 2023 e liderou o Banco Fator. Ele também colaborou com a Fiesp e atuou no governo de São Paulo. A indicação de seu nome por Lula foi aprovada pelo Senado em outubro, após sabatina.