Brasília – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se mostrou preocupado com as recentes declarações do presidente venezuelano Nicolás Maduro, que afirmou que haveria um “banho de sangue” caso ele perdesse as eleições marcadas para o próximo domingo (28).
Resumo da Notícia
- Lula expressa preocupação com declarações de Maduro.
- Maduro menciona possível “banho de sangue” se perder as eleições.
- Brasil enviará observadores para acompanhar o processo eleitoral na Venezuela.
O que aconteceu?
Declarações de Maduro Alarmam Lula
Em uma entrevista concedida no Palácio da Alvorada a agências internacionais como Reuters, Bloomberg, France Presse e Associated Press nesta segunda-feira (22), Lula manifestou seu espanto com as palavras de Maduro.
“Eu fiquei assustado com a declaração do Maduro dizendo que se ele perder as eleições vai ter um banho de sangue. Quem perde as eleições toma um banho de voto. O Maduro tem que aprender, quando você ganha, você fica; quando você perde, você vai embora,” disse o presidente brasileiro, segundo a Reuters.
Brasil Enviará Observadores
O petista também ressaltou que o Brasil enviará observadores e o assessor da Presidência para assuntos internacionais, Celso Amorim, para acompanhar o processo eleitoral na Venezuela.
“Eu já falei para o Maduro duas vezes, e o Maduro sabe, que a única chance da Venezuela voltar à normalidade é ter um processo eleitoral que seja respeitado por todo o mundo,” afirmou Lula. Ele completou dizendo que, para o país vizinho retomar o crescimento econômico e a normalidade, é essencial que Maduro respeite o processo democrático.
Discurso Anterior de Lula
Antes da entrevista desta segunda, Lula comentou sobre a situação venezuelana em um discurso na última sexta-feira (19), mencionando outros países da América Latina: “Por que eu vou querer brigar com a Venezuela? Por que eu vou querer com Nicarágua? Por que eu vou querer com a Argentina? Eles que elejam os presidentes que quiserem. O que me interessa é a relação de Estado para Estado”.
Declarações de Maduro
Na semana passada, Nicolás Maduro, que busca a reeleição, afirmou que caso não vença as eleições, pode haver “banho de sangue” e “guerra civil” na Venezuela.
