Sem Anistia

Manifestações contra anistia e em defesa da democracia reúnem milhares pelo Brasil

Ato mobiliza lideranças e movimentos sociais contra anistia e em defesa da responsabilização dos golpistas do 8 de janeiro
30 de março de 2025
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(Foto: Assessria do senador Humberto Costa)
(Foto: Assessria do senador Humberto Costa)

São Paulo Movimentos sociais e lideranças políticas organizaram manifestações neste fim de semana em diversas capitais do Brasil contra a anistia dos envolvidos nos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023. Em São Paulo, manifestantes caminharam até o antigo DOI-CODI, um dos principais centros de tortura da ditadura militar, reafirmando a necessidade de manter viva a memória histórica e garantir que a Justiça seja feita.

Os atos foram promovidos pelas frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo e contaram com a presença de nomes como Guilherme Boulos (PSOL-SP), Lindbergh Farias (PT-RJ) e Erika Hilton (PSOL-SP). A mobilização ocorre em meio à tentativa de setores bolsonaristas de aprovar um projeto de anistia na Câmara dos Deputados.

Mobilizações em diversas cidades

Além da capital paulista, outras cidades também registraram protestos. No Rio de Janeiro, manifestantes estenderam uma faixa nos Arcos da Lapa com a frase “Sem anistia para quem ataca a democracia”. A PM retirou a faixa minutos depois, alegando proteção ao patrimônio histórico. Um novo ato está marcado para 1º de abril, data do golpe militar de 1964.

Em Brasília, manifestantes se reuniram no Eixão do Lazer, exibindo cartazes com referências ao filme “Ainda Estou Aqui” e mensagens contra a anistia. No Recife, o protesto aconteceu no Parque Treze de Maio, e, em Belém do Pará, a concentração ocorreu em frente ao Theatro da Paz.

Guilherme Boulos critica tentativa de aprovar anistia

Durante o ato na Avenida Paulista, Guilherme Boulos enfatizou que o movimento busca pressionar o Judiciário para que a Justiça seja feita. “Essa semana a gente ficou ouvindo provocação da imprensa, da direita, dizendo que nosso ato ia ser esvaziado”, afirmou. “Eu digo a vocês sem medo de errar: aqui hoje na Avenida Paulista tem mais gente do que no ato golpista em Copacabana”.

O que motivou os protestos?

Os atos acontecem poucos dias após a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) tornar réu o ex-presidente Jair Bolsonaro por tentativa de golpe de Estado. A decisão elevou a pressão para que os responsáveis sejam punidos e que não haja qualquer anistia para os envolvidos.

A vice-presidenta da UNE, Daiane Araújo, destacou a importância da mobilização. “Com o julgamento dos articuladores do golpe de 8 de janeiro e Bolsonaro no banco dos réus, esperamos que essa pauta ganhe ainda mais fôlego para impedir que a impunidade prevaleça”.


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Entenda o caso: os protestos contra a anistia e a defesa da democracia

  • O que está em jogo? Movimentos sociais contestam um projeto que pode anistiar participantes dos atos de 8 de janeiro de 2023.
  • Por que a mobilização ocorre agora? A pressão aumenta após o STF tornar Jair Bolsonaro réu por tentativa de golpe.
  • Principais reivindicações: Memória histórica, punição aos golpistas e rejeição à anistia.
  • Locais de protesto: Manifestações ocorreram em São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Recife, Belém e outras capitais.
  • O que vem a seguir? Novas manifestações estão programadas, com destaque para 1º de abril, análise da Câmara dos Deputados e julgamento no STF.

Redacao

Equipe de jornalistas do Jornal DC - Diário Carioca

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