Mauro Cid aponta Braga Netto em plano golpista

6 de dezembro de 2024
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Braga Netto e Bolsonaro: Segundo Cid, o general entregou o dinheiro aos “Kids pretos” Foto: reprodução
Braga Netto e Bolsonaro: Segundo Cid, o general entregou o dinheiro aos “Kids pretos” Foto: reprodução

BrasíliaMauro Cid, tenente-coronel e ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), revelou ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), detalhes sobre um suposto plano golpista denominado “Punhal Verde e Amarelo”.

Segundo Cid, o general Braga Netto, ex-ministro da Defesa e candidato a vice na chapa de Bolsonaro, entregou dinheiro em espécie durante uma reunião oficial.

O depoimento, obtido pela colunista Juliana Dal Piva, destaca que o montante estava em uma embalagem de vinho e foi destinado ao grupo militar “Kids Pretos”, composto por oficiais especializados em operações especiais. Cid também afirmou que Bolsonaro era informado diariamente sobre as ações planejadas.


Braga Netto e o financiamento

Conforme o relato, Braga Netto entregou o dinheiro em uma residência oficial da Presidência. A ação visava sustentar o plano golpista, que incluía impedir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), eleito em 2022.

O grupo militar “Kids Pretos” teria recebido os recursos diretamente. Mauro Cid destacou que, embora tenha participado de reuniões sobre o plano, não estava ciente da parte que envolvia assassinatos de figuras como Lula, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro Alexandre de Moraes.


Tentativa de rescisão do acordo de delação

A Polícia Federal (PF) tentou anular o acordo de colaboração premiada de Mauro Cid, alegando omissão de informações cruciais. A PF ressaltou que ele não mencionou a entrega de dinheiro por Braga Netto em depoimento anterior, dado durante a Operação Contragolpe, em 19 de novembro.

Dois dias depois, ao ser ouvido no STF, Cid incluiu o envolvimento do general, o que motivou a PF a insistir na rescisão do acordo. No entanto, Moraes decidiu pela manutenção dos benefícios da delação.


Reuniões e o plano de assassinatos

A investigação revelou que o plano começou a ser delineado em novembro de 2022, na residência do general Braga Netto. Mauro Cid e membros do grupo militar participaram de reuniões nesse período. Além disso, o depoimento reforça que Bolsonaro acompanhava os desdobramentos por meio de Braga Netto.


Entenda o plano golpista revelado por Mauro Cid

  • “Punhal Verde e Amarelo”: nome dado ao plano para impedir a posse de Lula.
  • Braga Netto: acusado de entregar dinheiro ao grupo militar “Kids Pretos”.
  • Objetivo principal: inviabilizar a posse de Lula e, segundo investigações, planejar assassinatos.
  • Mauro Cid: delator que detalhou as ações e reuniões relacionadas ao esquema.
  • Jair Bolsonaro: supostamente informado diariamente sobre o andamento das operações.

Redacao

Equipe de jornalistas do Jornal DC - Diário Carioca

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