Mercosul e UE avançam em acordo após 25 anos de impasse

Redacao
Por Redacao - Equipe
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Brasília – Após décadas de tratativas, o acordo comercial entre o Mercosul e a União Europeia se aproxima de uma definição. Em reunião recente em Brasília, avanços importantes foram alcançados, descritos como “decisivos” por representantes europeus. No entanto, a concretização do pacto ainda depende de decisões políticas entre líderes das duas regiões.

Enquanto países como França e Polônia resistem à aprovação, citando preocupações agrícolas e ambientais, nações como Alemanha e Espanha se mostram favoráveis. O Brasil garantiu concessões significativas, como a exclusão do SUS de licitações estrangeiras, mas exige garantias contra tarifas ambientais futuras.


Quais países apoiam o acordo?

O Brasil conta com o apoio de aliados como Alemanha, Portugal, Espanha e países escandinavos. Esses governos veem no tratado uma oportunidade de fortalecer relações comerciais e contrabalançar a influência de outras potências, como a China.


Quem são os principais opositores?

A França lidera as críticas, alegando riscos à competitividade de seus agricultores e impactos políticos internos. O presidente Emmanuel Macron alerta que a aprovação pode fortalecer discursos nacionalistas na extrema direita. Além disso, a Polônia também se posiciona contra, sinalizando a formação de uma frente opositora com outros países.


Quais concessões foram feitas?

Entre os avanços nas negociações, destacam-se:

  • Exclusão do setor de saúde, protegendo o SUS de concorrência estrangeira.
  • Exportação limitada de até 60 mil toneladas de carne do Mercosul para a União Europeia.
  • Discussão sobre tarifas ambientais para evitar práticas protecionistas a partir de 2025.

Como o setor agrícola europeu reage?

Agricultores franceses organizaram protestos contra a abertura do mercado a produtos do Mercosul. A preocupação com a concorrência tem gerado pressão política em países da Europa Central e Ocidental, que temem perder espaço para exportadores sul-americanos.


Próximos passos

A cúpula do Mercosul, marcada para os dias 5 e 6 de dezembro, será decisiva para o anúncio do acordo. O primeiro-ministro francês, Michel Barnier, planeja discutir o tema com a primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, antes do encontro, buscando consenso sobre pontos ainda pendentes.


Entenda o caso: Mercosul e União Europeia no centro das negociações

  • Histórico: 25 anos de debates sem acordo final.
  • Desafios: resistência agrícola e ambiental na França e Polônia.
  • Aliados do Brasil: Alemanha, Espanha, Portugal e escandinavos.
  • Concessões europeias: exclusão do SUS de licitações e limite de exportação de carne.
  • Impacto político: Macron teme avanço da extrema direita na França.

Com informações de Jamil Chade, do UOL.

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