A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) afirmou nesta quarta-feira (24), em entrevista ao jornal britânico The Telegraph, que está preparada para assumir uma candidatura política em 2026.
“Me levantarei como uma leoa para defender nossos valores conservadores, a verdade e a justiça. Se for necessário assumir uma candidatura política, estarei pronta para fazer o que Deus me pedir”, declarou.
A fala ocorre em meio à inelegibilidade do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a 27 anos e 3 meses de prisão por tentativa de golpe de Estado e organização criminosa após a derrota para Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em 2022.
Críticas ao julgamento e a Lula
Michelle classificou o processo como uma “farsa judicial” e saiu em defesa de aliados investigados. Ela também atacou tarifas impostas pelo presidente dos Estados Unidos, trump/" title="Mais notícias sobre donald trump">Donald Trump, sobre produtos brasileiros, afirmando que a medida foi reflexo de “perseguição política” contra Bolsonaro e resultado de uma suposta “falta de articulação do governo Lula”.
“O governo Lula parece ter a intenção de provocar o caos no Brasil e depois distribuir isso ao mundo”, disse.
Pauta conservadora e projeções eleitorais
Na entrevista, Michelle reafirmou o compromisso com a religião e a defesa da família, bandeiras centrais do bolsonarismo. Pesquisas de 2025 chegaram a colocá-la à frente de Lula em cenários de primeiro turno, embora a diferença atual seja de 1,4 ponto percentual a favor do petista.
Analistas políticos veem Michelle como principal nome do PL para 2026, diante da condenação e inelegibilidade de Bolsonaro. A entrevista ao veículo britânico foi sua primeira manifestação pública internacional sobre o tema, movimento interpretado como tentativa de consolidar sua imagem de herdeira política do bolsonarismo.



