Brasília – No marco dos 61 anos do golpe militar de 1964, ministros do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se manifestaram contra a proposta de anistia para os responsáveis pelos atos de 8 de janeiro de 2023. O tema gerou forte reação entre autoridades e reforçou a defesa da democracia.
A ministra de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, fez um paralelo entre os dois momentos históricos. Ela lembrou a repressão do regime militar e mencionou o deputado Rubens Paiva, morto sob tortura. No X (antigo Twitter), Gleisi afirmou que é necessário “responsabilizar penalmente os golpistas” e destacou a importância de lembrar o passado para evitar novos retrocessos.
Críticas ao perdão para envolvidos no 8 de janeiro
Ministros de Lula reforçaram que não haverá eventos oficiais do governo para marcar o aniversário do golpe militar. No entanto, posicionaram-se de forma contundente contra a tentativa de anistiar os envolvidos nos atos antidemocráticos de janeiro de 2023.
O ministro da Casa Civil, Rui Costa, defendeu a necessidade de manter a memória do golpe viva. “Ditadura nunca mais. Democracia sempre. Sem anistia”, declarou.
O ministro do Trabalho, Luiz Marinho, também criticou a ideia de perdoar os manifestantes envolvidos nos ataques aos Três Poderes. “Hoje é um dia para lembrar o quanto as ditaduras são nocivas. No Brasil, deixaram tortura, assassinatos e impunidade. Por isso, a palavra de ordem é: anistia, não!”, enfatizou.
Silvio Costa Filho, ministro de Portos e Aeroportos, reforçou que a democracia é fruto de lutas históricas. “Que a memória do passado nos fortaleça no presente e nos inspire a seguir firmes na defesa do Estado Democrático de Direito”, afirmou.
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Entenda o caso: a relação entre o golpe de 1964 e os atos de 8 de janeiro
- O golpe militar de 1964 instaurou uma ditadura que durou 21 anos no Brasil.
- Durante o regime, opositores foram perseguidos, presos e torturados.
- O governo Lula tem evitado fazer eventos oficiais na data, mas reforça a importância da memória histórica.
- A tentativa de anistia para os envolvidos no 8 de janeiro de 2023 gerou reações contrárias dentro do governo.
- Ministros defendem a responsabilização penal dos envolvidos nos atos que depredaram as sedes dos Três Poderes.