Brasília – O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, determinou que o ex-presidente Jair Bolsonaro comprove, com documento oficial, o convite para a posse de Donald Trump, em Washington, antes de decidir sobre a devolução de seu passaporte.
A defesa de Bolsonaro apresentou apenas um e-mail genérico como prova, mas Moraes considerou o material insuficiente, pois faltam informações como horário e programação da cerimônia, marcada para 20 de janeiro de 2025.
Convite para a posse de Trump
Bolsonaro afirmou em suas redes sociais estar “muito honrado” com o convite para a posse de Donald Trump, presidente recém-eleito dos Estados Unidos. Contudo, o documento apresentado por sua defesa levantou dúvidas.
O e-mail anexado no pedido foi enviado ao deputado federal Eduardo Bolsonaro por um remetente não identificado, com o endereço eletrônico “[email protected]”. Moraes destacou que o material carece de detalhes básicos para comprovar a veracidade do convite.
Passaporte retido por ordem do STF
O passaporte de Bolsonaro está retido desde fevereiro de 2024, quando o STF determinou a medida no contexto de investigações sobre uma suposta tentativa de golpe de Estado em 2023. Desde então, ele está proibido de sair do Brasil sem autorização judicial.
Nos últimos meses, o ex-presidente teve outros pedidos de viagem negados, incluindo uma visita a Israel a convite do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu.
Impasse judicial
O caso reflete o embate entre Bolsonaro e o STF, que condiciona a devolução do passaporte à apresentação de provas documentais consistentes. Moraes indicou que avaliará novos pedidos da defesa caso sejam apresentados documentos oficiais com detalhes do evento.
Entenda o caso: convite para posse de Trump e STF
- Convite em questão: Bolsonaro afirma ter sido convidado para posse de Trump.
- Documento apresentado: Defesa anexou e-mail considerado insuficiente.
- Retenção do passaporte: Medida adotada pelo STF desde fevereiro de 2024.
- Viagens negadas: Moraes já barrou pedidos anteriores, como ida a Israel.
- Próximos passos: Defesa precisa apresentar prova oficial para análise do STF.