– Brasília
A Advocacia-Geral da União (AGU) estuda entrar com uma ação civil pública contra os deputados Nikolas Ferreira (PL-MG) e Gustavo Gayer (PL-GO), além do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ). Os três são acusados de disseminar informações falsas que afetaram a credibilidade do Pix e da Receita Federal, causando prejuízos à economia popular e ao sistema financeiro.
De acordo com a AGU, os parlamentares divulgaram vídeos e discursos que espalharam desinformação sobre a suposta criação de um “imposto no Pix”. Um dos vídeos de Nikolas Ferreira atingiu mais de 200 milhões de visualizações, amplificando a crise de confiança no sistema.
Impactos na confiança do Pix
A narrativa divulgada pelos políticos gerou instabilidade e prejudicou pequenos comerciantes e cidadãos que dependem do sistema para transações rápidas e seguras. A crise culminou na revogação de uma norma da Receita Federal na última quarta-feira, pressionada pela repercussão negativa.
O Pix, apontado como uma inovação essencial no mercado financeiro brasileiro, sofreu um impacto direto na adesão ao serviço, devido às dúvidas levantadas pelas informações falsas.
AGU busca reparação de danos
A ação proposta pela AGU pretende obter reparação por danos morais coletivos e aplicar multas aos responsáveis. Além disso, a iniciativa visa reforçar a responsabilidade ética de líderes políticos na disseminação de informações verdadeiras e na preservação das instituições públicas.
Uma fonte ligada à AGU ressaltou a gravidade da situação. “O papel de líderes políticos é preservar a confiança nas instituições, não prejudicá-las com discursos infundados”, afirmou.
Investigação da Polícia Federal
Na quarta-feira, a AGU solicitou à Polícia Federal a abertura de um inquérito para investigar a propagação de fake news sobre o Pix. Segundo o órgão, os danos vão além dos prejuízos econômicos, representando uma ameaça à estabilidade institucional do sistema financeiro.
Entenda o caso: Pix e desinformação política
- Fake news sobre Pix: Parlamentares divulgaram imposto inexistente.
- Prejuízo econômico: Pequenos comerciantes e cidadãos foram afetados.
- Ação da AGU: Busca reparação de danos e multa aos envolvidos.
- Impacto na Receita Federal: Crise culminou na revogação de norma recente.
- Inquérito federal: Polícia Federal investiga origem das desinformações.