Vereadora de Porto Alegre (RS) assume como representante em frente contra a fome da FAO

A vereadora de Porto Alegre Laura Sito (PT) assumiu, nesta terça-feira (28), como a representante do Brasil na Frente Parlamentar contra a Fome da América Latina e Caribe da FAO, entidade das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura. A parlamentar soma-se a representantes de mais de 20 países da região, que desenvolvem uma agenda conjunta com o compromisso de alcançar os objetivos da “Iniciativa América Latina e Caribe sem Fome 2025”.

“Um reconhecimento do trabalho que temos feito em Porto Alegre”, afirma Laura Sito, que preside a Frente Parlamentar em Defesa da Segurança Alimentar e Nutricional da Câmara Municipal, lançada em setembro de 2021. Além das iniciativas legislativas da frente, ela destaca também a Frente Parlamentar em Defesa do trabalho e da Renda, onde elaborou o projeto do Programa Municipal de Aquisição de Alimentos, já em fase de regulamentação para execução, e seu projeto em tramitação sobre alimentação urbana e periurbana e a criação de um fundo de segurança alimentar e nutricional.

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A vereadora destaca ainda ações diretas do seu mandato. “Estruturamos uma rede de 13 cozinhas comunitárias, que distribuem mais de 10 mil refeições mensais em Porto Alegre”, conta. Segundo ela, são iniciativas parlamentares que visam e podem fortalece o enfrentamento à fome, em meio a um difícil momento pelo qual passa a população.

“Aqui no Rio Grande do Sul tivemos um aumento de 345% nas pessoas na fila de espera para o Auxílio Brasil, só entre janeiro e abril deste ano. Nós temos quase 100 mil pessoas na fila aqui no estado. No Brasil são quase 2,7 milhões de pessoas. Por isso é fundamental ações do setor público no sentido de reestruturar as políticas de combate à fome”, afirma Laura Sito.

Conforme pontua, o país atravessa por um duro momento de abandono do combate à insegurança alimentar. “O governo federal, nas últimas duas semanas, acabou zerando o orçamento do principal programa de aquisição de alimentos da agricultura familiar no país, que é o Alimenta Brasil, que era voltado para a compra da produção agrícola dessas famílias e a doação para pessoas em situação de insegurança alimentar, como era o antigo Fome Zero. Hoje esse projeto não tem mais orçamento. Por isso nossas iniciativas são tão importantes.”

Ao refletir sobre quais políticas públicas deveriam ser fortalecidas, recorda da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), que permite que o Estado atue como controlador de preços e ainda beneficia a agricultura familiar, que é a responsável por levar alimento para a mesa dos brasileiros. “É preciso a gente retomar os estoques públicos de grãos de alimentos, que é o que ajuda controlar a inflação, permite o abastecimento interno, que infelizmente hoje, como se esvaziou esses estoques públicos de alimentos, diminui a capacidade do Estado brasileiro de controlar e segurar os preços”, finaliza.

Fonte: BdF Rio Grande do Sul

Edição: Marcelo Ferreira