Tentativa de votar armado de faca foi incidente mais grave na eleição no Rio Grande do Sul

O incidente mais grave nas eleições gaúchas aconteceu em Cerro Grande, na região Norte do Rio Grande do Sul. Lá, um eleitor entrou na seção armado com uma faca. Questionado pelos mesários, recusou-se a entregá-la. Chamado, um policial foi desarmá-lo quando o eleitor o atacou, causando-lhe um corte superficial em um dos braços. O homem foi preso, o policial medicado e retornou ao trabalho.

Onze casos de boca de urna haviam sido registrados no estado e 20 eleitores foram detidos. A votação ocorreu com tranquilidade. Apenas 291 urnas tiveram que ser substituídas por problemas de hardware num universo de cerca de 24,5 mil. Uma quantidade inferior às substituídas em 2018, quando o problema atingiu 560 equipamentos.

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Ataque de pulgas

O número de idosos que compareceram às urnas foi em um número incomum, diminuindo as abstenções, fez com que em alguns locais houvesse demora para votar. Eles têm preferência para votar e passavam à frente da fila. 

Em Canoas, na Região Metropolitana, seis seções eleitorais tiveram de ser interditadas. Elas funcionavam no ginásio do Colégio São Paulo, bairro Niterói. Ao chegarem para começar os trabalhos, os mesários encontraram o local infestado por pulgas. As seções foram transferidas para quatro salas de aula e tudo ficou normalizado antes das 8h, quando começou a votação.

Dente quebrado

Os candidatos ao governo do estado e ao Senado votaram pela manhã e, depois do almoço, foram descansar antes de retornar aos seus comitês para acompanhar a apuração. O ex-governador Eduardo Leite (PSDB) votou em Pelotas, a 255 quilômetros de Porto Alegre, no Sul do estado, e depois almoçou com os pais. À tarde, o candidato teve um imprevisto: quebrou um dente e teve que recorrer a um gabinete dentário. Após, retornaria à Capital.

Fazendo o “L” aos 99 anos


Milke Waldemar Keniger, de 99 anos, votou entusiasmada / Foto: Suzana Lisboa

Também em Porto Alegre, na 111ª seção da 2ª Zona, no final da manhã, Milke Waldemar Keniger, de 99 anos, compareceu para votar. Levada pela filha, Suzana Lisboa, em cadeira de rodas, posou para as fotos fazendo o L de Lula. 

A quase centenária eleitora é sogra de Luiz Eurico Tejera Lisboa, um dos prisioneiros assassinados pela ditadura de 1964. Os restos mortais de Luiz Eurico foram os primeiros a serem encontrados entre os desaparecidos políticos. Aconteceu em 1979. Ele fora enterrado sob o nome falso de Nelson Bueno no cemitério Dom Bosco, em Perus, São Paulo.

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Fonte: BdF Rio Grande do Sul

Edição: Ayrton Centeno