Luiz Marinho comandará o Ministério do Trabalho no governo Lula

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O deputado federal eleito Luiz Marinho (PT-SP) voltará a comandar o Ministério do Trabalho a partir de 1º de janeiro de 2023. Marinho chefiou a pasta entre 2005 e 2007, quando implantou a política de aumento real (acima da inflação) do salário mínimo. Entre 2007 e 2008, assumiu o Ministério da Previdência Social do segundo Governo Lula.

Na Previdência, Marinho qualificou servidores, trocou equipamentos e consertou unidades do Instituto Nacional de Seguro Social (INSS). “Além de continuar o trabalho dos ministros anteriores, como Ricardo Berzoini, aceleramos o processo e conseguimos conceder aposentadoria num prazo muito curto”, lembrou Marinho no Portal da CUT.

“Atingimos um estágio de excelência e agora destruíram tudo. Isso é um crime contra o cidadão, que pode morrer sem receber. O governo Bolsonaro deveria responder por improbidade”, defendeu.

Como Luiz Inácio Lula da Silva, Luiz Marinho também foi presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC. Ele exerceu o cargo por três mandatos, entre 1996 e 2003, quando assumiu a presidência da Central Única dos Trabalhadores (CUT). Dois anos depois, recebeu o convite para comandar o Ministério do Trabalho. No último dia 16, sete centrais sindicais divulgaram nota conjunta em apoio à sua indicação.

Marinho deixou o Governo Lula para concorrer a prefeito de São Bernardo (SP), cargo que exerceu por dois mandatos (2009 a 2016). Ele também é o atual presidente estadual do Partido dos Trabalhadores em São Paulo.

Durante os trabalhos do Gabinete de Transição de governo, o Grupo Técnico que discutiu mercado de trabalho informou que vai propor o abandono das propostas do desgoverno Jair Bolsonaro que tratam da criação da chamada carteira verde amarela, que flexibiliza ainda mais as regras trabalhistas, e da reforma administrativa, que altera regras para os futuros servidores públicos.

Em entrevista recente ao jornal Valor Econômico, Marinho também afirmou que defenderá a revisão da Reforma Trabalhista implantada por Michel Temer. “Não é revogar simplesmente. É reconstruir, levando em consideração o momento que vivemos”, argumentou, ressaltando a situação dos trabalhadores de aplicativos.

Da Redação

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