PF cobra punição firme a golpistas, diz Andrei Rodrigues

Diretor da Polícia Federal critica atos antidemocráticos e defende resposta proporcional aos crimes
14 de abril de 2025
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Andrei Rodrigues: diretor-geral da Polícia Federal - Foto: Reprodução
Andrei Rodrigues: diretor-geral da Polícia Federal - Foto: Reprodução

Cambridge — O diretor da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, afirmou que os envolvidos nos atos antidemocráticos após as eleições de 2022 devem receber uma “reprimenda à altura”.

A fala ocorreu neste sábado (12), durante a Brazil Conference, em Cambridge, nos Estados Unidos, promovida por estudantes brasileiros da Harvard e do MIT.

Rodrigues mencionou o caso de Débora Rodrigues dos Santos, bolsonarista acusada de tentar abolir o Estado Democrático de Direito ao vandalizar a estátua “A Justiça”, no STF, em 8 de janeiro de 2023. Segundo ele, o caso representa uma agressão à democracia.

PF reforça rigor das investigações

Durante o evento, Rodrigues defendeu o trabalho da PF, ressaltando a seriedade das investigações sobre os ataques de 8 de janeiro.

Ao lado do procurador-geral da República, Paulo Gonet, ele destacou a colaboração entre as instituições. “Está chancelado pela PGR, pelo Supremo Tribunal Federal e ajustado às condutas que buscamos apurar ao longo do processo investigativo”, afirmou.

Caso Débora: símbolo da campanha por anistia

Débora pichou com batom a frase “perdeu, mané” na estátua em frente ao STF, durante os atos que resultaram em depredações.

Ela foi denunciada por tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito e se tornou ícone da campanha por anistia que aliados de Bolsonaro tentam aprovar no Congresso Nacional.

Pressão por anistia cresce entre bolsonaristas

Enquanto isso, parlamentares bolsonaristas articulam a aprovação de um projeto que prevê anistia aos envolvidos nos ataques golpistas.

O projeto enfrenta resistência de setores do judiciário e da Polícia Federal, que veem na proposta uma ameaça à responsabilização dos envolvidos.

Bolsonaro e aliados já viraram réus

Além de Jair Bolsonaro, outros sete nomes ligados ao governo anterior foram denunciados e se tornaram réus por participação nos atos golpistas:

  • Alexandre Ramagem, deputado federal (PL-RJ) e ex-diretor da Abin
  • Almir Garnier, ex-comandante da Marinha
  • Anderson Torres, ex-ministro da Justiça
  • Augusto Heleno, ex-ministro do GSI
  • Mauro Cid, ex-ajudante de ordens da Presidência
  • Paulo Sérgio Nogueira, ex-ministro da Defesa
  • Walter Braga Netto, ex-ministro da Casa Civil e da Defesa

As acusações se referem à tentativa de invalidar o resultado das eleições de 2022, que deram vitória ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Entenda: os principais pontos da crise

  1. Declaração de Andrei Rodrigues reforça a necessidade de punições firmes aos envolvidos.
  2. Débora Rodrigues dos Santos virou símbolo da campanha por anistia ao vandalizar a estátua do STF.
  3. A PF e a PGR confirmam a gravidade das provas reunidas nas investigações.
  4. Bolsonaro e sete ex-auxiliares já respondem como réus em ações no STF.
  5. Proposta de anistia segue em debate no Congresso, com forte oposição do Judiciário.

Redacao

Equipe de jornalistas do Jornal DC - Diário Carioca

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