Resumo da Notícia
A Polícia Federal deve enviar ao STF um relatório com novos nomes de suspeitos no inquérito sobre o suposto golpe de Estado. A PGR, liderada por Paulo Gonet, analisa os 40 indiciamentos feitos até agora. Crimes investigados incluem abolição do Estado democrático de direito, golpe de Estado e organização criminosa. O caso segue como prioridade na Procuradoria.
Brasília – A Polícia Federal (PF) prepara um relatório complementar para o Supremo Tribunal Federal (STF) sobre o inquérito que investiga a suposta tentativa de golpe de Estado ligada ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e seus aliados. O documento deve trazer nomes de novos suspeitos, conforme apurações recentes.
Segundo fontes próximas às investigações, esses suspeitos desempenharam papéis secundários na organização criminosa e permaneceram ocultos até agora devido a métodos usados para proteger suas identidades.
Operação Contragolpe avança
O relatório também trará detalhes sobre os materiais apreendidos durante a Operação Contragolpe, que resultou na prisão do general Braga Netto em dezembro. As informações foram confirmadas pelo diretor-geral da PF, Andrei Passos Rodrigues, em entrevista ao jornal O Globo.
Até agora, a PF já realizou 40 indiciamentos no caso, que agora estão sob análise do procurador-geral da República, Paulo Gonet. Cabe à Procuradoria-Geral da República (PGR) decidir se apresentará uma denúncia para abertura de ação penal no STF. O ministro Alexandre de Moraes é o relator do caso na Corte.
Prioridade na PGR
A equipe de Paulo Gonet trata o caso como prioritário, especialmente pela presença de investigados presos preventivamente. Contudo, Gonet afirmou que não tomará decisões precipitadas. Ele assumiu o cargo de procurador-geral recentemente e deve apresentar a primeira denúncia formal contra Bolsonaro em fevereiro.
Entre os indiciados estão:
- Jair Bolsonaro, ex-presidente;
- General Braga Netto, ex-ministro da Defesa;
- General Augusto Heleno, ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI);
- Anderson Torres, ex-ministro da Justiça;
- Alexandre Ramagem, ex-diretor da Abin;
- General Paulo Sérgio Nogueira, ex-ministro da Defesa;
- Tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens.
Entenda o caso: investigação do golpe de Estado
Objetivo do inquérito
apurar a tentativa de golpe de Estado atribuída ao ex-presidente Jair Bolsonaro e aliados.
Operações relevantes
Operação Contragolpe apreendeu provas e levou à prisão de Braga Netto.
Crimes investigados
Abolição do Estado democrático de direito, golpe de Estado e organização criminosa.
Penas previstas
Até 12 anos de prisão
Próximos passos
Apresentação da denúncia pela PGR e análise do STF