Rio de Janeiro – São Paulo – Arcenio Scribone Junior, policial civil e bolsonarista radical, é investigado após ameaçar a jornalista Natuza Nery, da GloboNews, em um supermercado na Zona Oeste de São Paulo. O incidente aconteceu na quarta-feira, 1º de janeiro de 2025.
A Corregedoria da Polícia Civil de São Paulo abriu uma investigação sobre o caso, e o policial apagou suas redes sociais, embora internautas tenham resgatado publicações de apoio a movimentos antidemocráticos.
Em suas postagens anteriores, Arcenio expressou apoio a um golpe de Estado e questionou o resultado das eleições de 2022. Em uma mensagem de dezembro de 2022, ele elogiou uma manifestação em apoio a um golpe militar, destacando seu “orgulho de ser brasileiro”.
A imagem associada à postagem mostrava um protesto com cartazes que afirmavam que o Brasil havia sido “roubado” nas eleições. Além disso, ele compartilhou fake news sobre a vitória de Jair Bolsonaro nas urnas.
Ameaça à jornalista Natuza Nery
O caso envolvendo a jornalista Natuza Nery começou no supermercado em Pinheiros, onde o policial fez ameaças violentas. Ele afirmou que “pessoas como ela merecem ser aniquiladas” enquanto ela estava no caixa. O policial ainda replicou falas de Bolsonaro, responsabilizando a Globo e a jornalista pela situação política do Brasil. Uma pessoa que estava com Arcenio tentou acalmá-lo, mas ele continuou a agredir verbalmente Natuza.
A jornalista acionou a Polícia Militar, e tanto ela quanto o policial foram levados para o 14º Distrito Policial. A Secretaria da Segurança Pública de São Paulo (SSP) declarou que a Corregedoria assumiu as investigações e iniciou a busca por imagens e testemunhas.
Passado polêmico e apoio a golpistas
Em postagens anteriores, Arcenio se posicionou contra a legitimidade das urnas e até defendeu a ideia de uma intervenção militar. No X (antigo Twitter), ele chegou a afirmar que o resultado das eleições de 2022 era uma farsa, compartilhando informações falsas sobre a vitória de Bolsonaro. Em uma publicação na rede Threads, ele chegou a afirmar que se fizesse tudo o que quisesse, estaria “preso ou morto”.
O caso repercutiu nas redes sociais, com diversos usuários denunciando o apoio de Arcenio a movimentos antidemocráticos e a falta de punição para atitudes semelhantes no passado.
Entenda o caso
- Arcenio Scribone Junior, policial civil, é investigado por ameaçar Natuza Nery.
- O policial já defendeu atos golpistas e fake news sobre as eleições de 2022.
- O caso ocorreu em São Paulo, e tanto a jornalista quanto o policial foram levados à delegacia.
- A Corregedoria da Polícia Civil está investigando o incidente e resgatando provas e testemunhas.